domingo, 3 de março de 2013

A enguia

 

Mantém-se no limbo da governança ou submerso nos seus submarinos. Não faz ondas, escapa-se como uma enguia de onde palpite que possa deflagrar qualquer contestação. Raramente intervém na Assembleia da República, não vai aos mercados de hortaliças nem aos impostos pela troika. Há quem nem acredite que esta enguia seja Ministro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Sempre que as coisas lhe dão para o torto faz uma retirada estratégica, a travessia do deserto, para reaparecer mais tarde, bronzeado, em poses estudadas e sempre com o descaro próprio do farsante.
O capital tanto usa o PS deixando-o de joelhos, como qualquer outro serventuário. O PSD encontra-se nos cuidados intensivos, está agonizante. Há, pois, que reservar um outro bonifrate com provas dadas. Ligações ao que há de mais pútrido a nível internacional e títere disponível à direita caceteira.

Não o devemos esquecer, Paulo Portas muda facilmente de boné, honra lhe seja feita, não muda de objectivos.
 
«O sofrimento e sacrifício dos portugueses no combate ao défice e dívida merece um "prémio" de reconhecimento dos parceiros europeus que devem, por isso, apoiar uma extensão das maturidades dos empréstimos, considerou hoje o ministro Paulo Portas
  



E para dar a ideia de que nem tudo corre a seu gosto, mantém uma postura contrita, vai lançando estas ‘bocas’ e dando aval aos prémios que consistem no aumentam dos “sacrifícios e sofrimentos” que jesuiticamente reconhece.

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Pois, ele é a carta escondida do baralho. De vez em quando lá aparece, mas não adiantará muito, espero eu.

Um beijo.

filipe disse...

É o "queijo limiano", sempre de reserva ao serviço do grande capital, aprontando-se para condimentar o "novo" prato a servir pelos seus mandantes comuns, num qualquer novo(?!) governo - seria o 17º - agora "socialista", para que tudo fique na mesma, mas pior!... Lutemos e "troquemos-lhes as voltas, que ainda o dia é uma criança"!

Olinda disse...

Ê um rato-espertalhao.Hitler tambêm,militava num partido reduzido,mas acabou por ser imposto pelos grandes capitalistas alemaes.A histôria nao se repete da mesma maneira,e os tempos sao outros,mas o desemprego galopante,ê muito mau conselheiro.Temos que estar atentos.