quinta-feira, 30 de outubro de 2025
terça-feira, 28 de outubro de 2025
Liberdade em queda livre
Tribunais fascistas britânicos: julgamentos de farsa em 36 minutos
Juan Manuel Olarieta 28
de octubre de 2025
Com o Tribunal
Nacional, em Espanha já estamos habituados aos tribunais fascistas, tribunais
marciais e julgamentos sumários. Desde 1939 que os antifascistas se habituaram
a eles e acreditam que isto, ou seja, o fascismo, é o "normal". Mas
noutros países europeus, como o Reino Unido, arrepelam-se-nos os cabelos para
este tipo de farsa judicial. O fascismo é algo novo para eles.
Aos acusados
de "terrorismo" por apoiarem a Ação Palestiniana foram privados do
júri e a duração das farsas da toga está limitada a 36 minutos, com penas de
prisão até seis meses.
O crime dos
réus é combater o genocídio em Gaza. Em vez de lhes atribuir o Prémio Nobel da
Paz, sentam-nos no banco dos réus. Isso é exatamente o fascismo, algo que está
a tornar-se cada vez mais real na Europa, à medida que o Partido Trabalhista
("a esquerda britânica") já não se esforça por enganar ninguém.
Os planos de
fascistização foram elaborados pelo juiz Michael Snow (1), que colocou Julian
Assange no banco dos réus por dizer a verdade, outro dos piores
"crimes" que entraram em voga. Depois de ser arrastado para fora da
embaixada do Equador em 2019, ele foi levado na frente de Snow, que o insultou
chamando-o de "narcisista". Para ele, não precisava de qualquer tipo
de provas; bastava-lhe ler os jornais matinais.
Agora, Snow
decretou que as 2.000 pessoas acusadas de "terrorismo" por apoiarem a
Ação Palestiniana vão ser julgadas em grupos de cinco, com dez arguidos por
dia, ou seja, 36 minutos para cada acusado, cada advogado e cada procurador
interrogue, argumente e mostre as provas ou a falta delas.
Em uma
audiência preliminar na semana passada, uma das rés, Deborah Wilde, 72, objetou
que esses julgamentos seriam muito curtos para permitir uma defesa adequada. O
juiz Snow respondeu: "Estou convencido de que há tempo suficiente. Não vou
conceder mais tempo. O seu único recurso é o Supremo Tribunal."
É uma
palhaçada tipicamente inquisitorial. Snow é um cínico. Sabe que os arguidos não
podem dar-se ao luxo de recorrer para o Supremo Tribunal.
Habituados aos
bons costumes, no Reino Unido ficam surpreendidos com o facto de, com uma
legislação "antiterrorista" na mão pode-se condenar alguém por meras
suspeitas. Não importa se são fundadas ou não. Eles podem estar completamente
errados, mas se alguém levantou as suspeitas de um policial, basta-lhes como "motivos
razoáveis".
"É um
crime de responsabilidade objetiva", diz Murray surpreso (2). Mas essa é a
própria história da repressão política, da qual a Espanha tem muitos casos para
contar. Prendem-te, julgam-te e condenam-te por seres republicano,
antifascista, anarquista, comunista... e até por ser rapper. Não é preciso
fazer muitas perguntas. "Estás registrado", diziam nos tempos do
franquismo. A polícia tem te visto em reuniões, em manifestações, em atos...
O resto não
interessa aos juízes. Só querem ouvir um policial dizer na tribuna que o
prisioneiro apoia uma "organização terrorista". As outras explicações
são supérfluas, são repetitivas, políticas, birras...
O destino dos
2.000 arguidos está fechado. Marca "um ponto de viragem na vertiginosa
queda da Grã-Bretanha para o fascismo", escreve Murray. Bem-vindo ao
fascismo. Em Espanha, somos veteranos nisto: estamos prestes a celebrar o 50.º
aniversário da morte do assassino Franco, que marca o ponto de viragem de um
fascismo para outro.
(1) https://www.bbc.co.uk/news/articles/c051g2q5651o
(2) https://www.craigmurray.org.uk/archives/2025/10/36-minute-trials-and-no-jury-starmers-fascist-
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Esta abécula
De Norte a Sul, sobreviver
já é muito difícil, nascer a Sul é cada vez mais penoso, com este orçamento
aprovado implicitamente pelo PS, em que condições irão funcionar os cemitérios?
Não vão à manifestação,
não, e depois venham-se queixar… até para morrer têm de esperar.
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Mais um pacote
Este
é o pacote Costa, o 19º da UE
O pacote contém questões
pertinentes: “O que objetivamente pretende a UE que possa dignificar ou
socialmente interessar aos povos que pretende gerir?
Os múltiplos pacotes e os
muitos milhões de euros despendidos têm robustecido a economia dos 27 projetando
um futuro de bem-estar?
Além de tentar destituir Putin,
quais são os outros reais objetivos que possam justificar tamanha carnificina?
As respostas só podem ser
dadas pelos EUA que controlam os governadores destes Estados vassalos.
E se vierem com a
cantilena dos direitos humanos, terão de explicar porque aprisionam e impedem
de se manifestar simples simpatizantes dos martirizados Palestinos.
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
É criminoso esconder o combate ao crime
O jornalismo tradicional encontra-se num processo suicidário acelerado, mente, armadilha conteúdos e pratica o ocultismo, forma de censura sem lápis azul. Este é um exemplo que ilustra a mais insidiosa forma de mentir.
“Segundo a Lusa”
Uma das maiores
manifestações de sempre pró-Palestina em Portugal, segundo a Lusa, juntou,
ontem, milhares no centro de Lisboa, pedindo o respeito pelo cessar-fogo, a paz
e a solução de dois Estados, com acusações a Israel e aos Estados Unidos. Num
comunicado enviado a meio da tarde, a organização da manifestação estimou a
presença de mais de 10 mil pessoas.
A coluna de manifestantes estava já a chegar ao fim da
rua da Prata e ainda não tinham saído do Rossio todos os que se juntaram à
iniciativa da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, composta
pelas organizações não-governamentais Amnistia Internacional Portugal,
Greenpeace Portugal, Médicos sem Fronteiras e Fundação José Saramago, entre
outras. “Em cada cidade, em cada esquina, somos todos Palestina”, “Viva a luta
do povo palestino, Israel é um estado assassino” ou “abaixo o sionismo que vai cair”,
foram as palavras de ordem.
A PSP deteve um manifestante que subiu à Ponte 25 de Abril, a “cerca de 190 metros” de altura, revelou a polícia em comunicado, referindo que o homem “colocou no topo superior do pilar (...) uma bandeira de grandes dimensões alusiva à Palestina, percorrendo todo o pilar com outra bandeira de pequenas dimensões”. Lusa
domingo, 19 de outubro de 2025
CDU por 3 votos perde um vereador em Lisboa
Exemplo marcante para todos, ensinamento relevante para os que menosprezam
a importância do compromisso que individualmente assumiram perante a sociedade,
além da responsabilidade compartilhada na formação de um conviver harmonioso.
O nosso voto é único, com ele podemos abrir caminhos, mesmo dentro das
regras por outros estabelecidas. Enfeudados neste jogo “democrático” devemos seguir
e fazer cumpriras as normas, o casino “democrático” vai abrindo fissuras, a correlação de forças sofre mutações constantes, a luta de classes acelera,
organizados e atuantes vamos construindo novos horizontes. Não podemos faltar,
sequer a este ritual.
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
A pobreza e os estrategas
Além dos 50 milhões, Portugal vai contribuir com dez milhões de euros para a iniciativa britânica de drones para a Ucrânia. Estes valores estão incluídos nos 221 milhões de euros com que Portugal se comprometeu a apoiar a Ucrânia este ano.
Com
drones e bombas acabam com a pobreza
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Voto "útil", para quem?
O voto “útil” é o
‘círculo vicioso” que arrasta o eleitor para o amanhã sem esperança. O voto
“útil” é a arma insidiosa que centrípeta os que se enrolam no espaço e no tempo
e nem em si próprios acreditam. A opção pelo voto “útil” deriva das sondagens
que se antecipam aos resultados levando o eleitor a prescindir das suas
convicções para escolher o mal menor que será sempre o seu maior mal.
O voto “útil” é um vaso com
odor pouco recomendável onde se despejam frustrações.
terça-feira, 7 de outubro de 2025
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Foi o Putin, não há dúvida
Só podia ter sido ele, após tantas sanções, encontrões e maldições de Putin (O Terrível), o Tio Sam (Uncle Sam) acabaria tolhido e assombrado.
E enquanto o Tio e a Tia Sam
não recuperam do resfriado, Frau Leyen e Herr Costa vão fazendo as contas, empurrando
o financiamento com a barriga lá para mais tarde, e nós que pagamos sem direito
a discussão, não sabemos se rir ou chorar com o trágico-cómico destes farsantes.