sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pastai então, povos mansos, pastai! - Aleksandr Púchkin



Exiit qui seminat seminare semen suun.

Ermo semeador da liberdade,
Saí
sozinho, antes da estrela;
Com a mão límpida e sem pecado,
Nos sulcos da terra escravizados
Lancei o
grão vivificante –
Pena perdida: perdi meu tempo,
Meus bons desígnios e meus cuidados

Pastai
então, povos mansos, pastai!
Não vos acorda o clamor da honra.
Os
dons da liberdade a um rebanho
À
matança ou tosquia destinado?
Vossa herança é, por todo o sempre,
O
jugo de chocalhos e a aguilhada.

Aleksandr Púchkin

(tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra)

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1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Gostei muito deste poema pois mostra bem a pssividade de um povo perante a tremenda ofensiva que contra le é dirigida..
Só desejava que o despertar acontecesse já.

Um beijo.