segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ASSALTO



O governo do patronato sugeriu. O patronato aceitou de bom grado a sugestão por ele sugerida. A UGT, ainda com o cheiro do traque da adesão à greve geral a que o movimento popular a forçou, não discorda.

Ou seja: a Ministra do Desemprego ex-funcionária da UGT, o patrão dos patrões também ex-responsável da UGT, e à custa da qual se encheu, e o Secretário-Geral da UGT, esta trempe sinistra, representa a escumalha que nos esbulha.

«O Governo propõe, com o nosso dinheiro, criar um fundo para financiar custos dos despedimentos». A extorsão é publicitada como sendo um bem social que dinamizará o mercado de trabalho. O mercado. Assim, os desempregados e os trabalhadores com emprego mesmo relativamente estável, pagariam com os seus impostos directos e indirectos o seu próprio despedimento para que a UGT-patronato-governo no “mercado de trabalho”, leia-se, Praça de Jorna, recrutem mão-de-obra ao preço que muito bem entendam.

O saque atinge níveis jamais vistos. A vigarice, o palmanço, a trapaça, o esburgo, o ludíbrio, o latrocínio e mais de cerca de trezentos vocábulos sinónimos não são de mais para classificar esta nefanda gente. Canalha abominável, velhacos que podem ser designados com frases e termos que melhor classifiquem estes patifes, pulhas, crápulas execráveis.

Aceitam-se vocábulos mais recentes como privatização ou prescrição que se podem incluir no glossário da gatunice.

«A «praça de trabalho» ou «praça de jorna» é um mercado de mão-de-obra, a que vão assalariados e proprietários e em que os primeiros, como vendedores, oferecem a sua força de trabalho, e os segundos, como compradores, oferecem o salário ou jorna, que é a paga de um dia de trabalho (jornal).»

1 comentário:

filipe disse...

A corja - também é uma possibilidade...
Está em marcha uma ofensiva do governo "sucialista" contra quem trabalha cuja dimensão, medida em retrocesso social nas condições de existência do povo português, nos faz recuar aos níveis de há quase um século!
A luta, indispensável, é cada dia mais imperiosa e urgente.
Um abraço.