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A “crise” é a barriga de aluguer onde foi gerada a “austeridade”, concebida por obra e graça do capital financeiro transnacional, mais conhecido por “mercado”.
Da “crise” desconhece-se a ascendência e os economistas do sistema não desvendam o seu ADN.
Assim, a crise saída das trevas, fechou este ano 12 empresas por dia, os desempregados ascendem a cerca de um milhão, a emigração atinge níveis só equiparados aos tempos do outro fascismo. Um recorde.” Titula um matutino. Estas, e todas as outras maldades, são imputadas ao “mercado” que, embora inacessível é insaciável e quando não alimentado a seu bel-prazer, entra em depressão, sofrendo acessos de agressividade.
A crise, a austeridade e o mercado são a santíssima trindade perante a qual nos devemos prostrar.
Soares, Cavaco e Portas, e muitos outros santos da mesma confraria, são os ícones expostos em todas as galerias onde grassa o desconforto e a miséria.
Não há quem reivindique a paternidade da crise; nenhum ser, nem mesmo se extra-terrestre for, se assume como responsável por tanta austeridade; e o mercado surge-nos de burca, ocultando o rosto forçosamente sinistro.
2 comentários:
Crise/austeridade/mercado.
Soares/Cavaco/Portas.
PS/PSD/CDS.
FMI/BCE/UE.
Só vejo troikas...
Um abraço.
Mesmo sendo uma hidra também será abatida.
Um abraço,
mário
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