segunda-feira, 15 de outubro de 2012

«AS PALAVRAS SÃO ARMAS»




«AS PALAVRAS SÃO ARMAS»

As palavras são o detonador, a espoleta e o gatilho, peças essenciais para fazer deflagrar a explosão, libertar a combustão que é mais ou menos violenta consoante a carga de desespero acumulado.
 
A situação é de mais em mais insuportável, tornando-se difícil encontrar as palavras que possam fazer detonar a carga de revolta que se concentra em cada um de nós.

Em desespero recorremos aos vocábulos da gíria por todos perceptível. Desabafos que aliviam, pólvora seca cujo fumo rapidamente se dissipa. Mesmo que revolucionárias, as palavras que não se corporizam, que se dispersam nas frases em que se inserem, por muito explosivas ou vernáculas que se apresentem, perdem força criadora, desfalecem e morrem.

Não devemos gastar as palavras usando-as sem sentido, indevidamente ou sem objectivos bem precisos, que as palavras não se sintam em contradição com o gesto. A palavra pão nasceu depois de o saborearmos e quando se luta pelo pão, quando se exige pão para os filhos e se nem a côdea se vislumbra a palavra perde conteúdo.

A palavra LUTA não representa mais que quatro caracteres quando fora da sua expressão física, porque ela surgiu da dinâmica que a engendrou.




1 comentário:

Olinda disse...


Competamente de acordo.Mas,presentemente,ê muito dîficil,concretizar a luta.A chantagem
ê muito forte.