Até sábado 13, envergo
todo o meu entusiasmo e
incorporo-me na “marcha contra o
desemprego”. Não é o folclore das reuniões de
bem-pensantes, atafulhados de saber e que após debitarem alguns bitates,
regressam a penates, aliviados de disparates.
Na “marcha contra o
desemprego” há gente que sente, e porque vive a realidade não se entretém
a romper bolas de sabão ou de sabedoria.
MARCHA DE OUTUBRO
Somos milhões Somos muitos mil
Somos a Grande Marcha A Voz do Futuro
Façamos dos
doze meses um mês de Abril
Ficar em casa não é um lugar seguro
Depois de tanta flor na ponta do fuzil
Vieram os ladrões vestidos à civil
Enganaram milhões Roubaram muitos mil
Marchemos de mãos dadas Cabeças erguidas
Eles não têm Pátria Só têm
Patroika
São ladrões São ladrões Ladrões com escolta
Somos a Grande Marcha A Voz do Futuro
Ficar em casa não é um lugar seguro
Somos milhões Somos muitos mil
Depois de tanta flor na ponta do fuzil
César Príncipe
Cais de Gaia
(07/10/2012
1 comentário:
Por lá andaremos.
Belíssimo poema.
Um abraço,
mário
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