Há os lamurientos de braços caídos a carpir as agressões a que estamos sujeitos. Que não podemos fazer nada; que a correlação de forças nos é desfavorável; que seja o que deus quiser, se quiser, e o melhor é irmos vivendo um dia de cada vez. Conversa dos que deixam
aos outros a resolução
dos seus problemas,
colhendo os bons resultados
se os houver e criticando o esforço dos que lutando não lhes levam a
satisfação desejada.
Há também os mata-esfola. Que isto só lá vai à bomba, que este povo não se mexe e tem o que merece, blá-blá-blá; se eu tivesse uma G3, blá-blá-blá. Os sindicatos
da CGTP e o PCP é que andam a encravar tudo isto,
blá-blá-blá.
Temos também os apressados. Que resolvem participar nas manifestações,
desde que sejam espontâneas,
voltando para casa a tempo de ver o telejornal e assistir à queda do governo.
E há os que se agrupam, se organizam, não desistem e que sabem que só o povo consciente lutando pode encontrar soluções para os seus problemas.
Os números não são da CGTP, foram publicitados pela “Polícia de Segurança Pública” e referem-se só a Lisboa. Das 600 manifestações,
três ou quatro teriam sido espontâneas convocadas pela comunicação social. Sim,
pretendem ter como referência a espontaneidade,
a bagunça que leva à desilusão e ao desespero. Organizados, só os que nos exploram.
Quase duas manifestações por dia. Não acredito que em qualquer capital de um outro país a movimentação de massas
tivesse atingido semelhante volume. Infelizmente!
3 comentários:
Aprendi a dizer: ninguém resolve isto se não for com outros!
Um abraço e obrigado
Boa "malha"!
Abraço.
Organizadamente,havemos de ser mais,eu bem sei!
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