segunda-feira, 25 de março de 2013

Insubmissos e organizados


Há os lamurientos de braços caídos a carpir as agressões a que estamos sujeitos. Que não podemos fazer nada; que a correlação de forças nos é desfavorável; que seja o que deus quiser, se quiser, e o melhor é irmos vivendo um dia de cada vez. Conversa dos que deixam aos outros a resolução dos seus problemas, colhendo os bons resultados se os houver e criticando o esforço dos que lutando não lhes levam a satisfação desejada.

também os mata-esfola. Que isto vai à bomba, que este povo não se mexe e tem o que merece, blá-blá-blá; se eu tivesse uma G3, blá-blá-blá. Os sindicatos da CGTP e o PCP é que andam a encravar tudo isto, blá-blá-blá.

Temos também os apressados. Que resolvem participar nas manifestações, desde que sejam espontâneas, voltando para casa a tempo de ver o telejornal e assistir à queda do governo.

E há os que se agrupam, se organizam, não desistem e que sabem que o povo consciente lutando pode encontrar soluções para os seus problemas.

Os números não são da CGTP, foram publicitados pelaPolícia de Segurança Pública” e referem-se a Lisboa. Das 600 manifestações, três ou quatro teriam sido espontâneas convocadas pela comunicação social. Sim, pretendem ter como referência a espontaneidade, a bagunça que leva à desilusão e ao desespero. Organizados, os que nos exploram.

Quase duas manifestações por dia. Não acredito que em qualquer capital de um outro país a movimentação de massas tivesse atingido semelhante volume. Infelizmente!



3 comentários:

Luís Neves disse...

Aprendi a dizer: ninguém resolve isto se não for com outros!
Um abraço e obrigado

filipe disse...

Boa "malha"!
Abraço.

Olinda disse...

Organizadamente,havemos de ser mais,eu bem sei!