«Enquanto a humanidade for humanidade, as acções que hoje praticamos
estarão sempre presentes, resistindo
ao tempo e ao esquecimento a que nos votarão os nossos netos. Já os nossos corpos terão
perdido a forma humana, já as suas partículas viverão
separadas e dispersas e ainda nas sociedades futuras os efeitos das nossas
acções evocarão a nossa passada existência. Com esta concepção,
sentimo-nos (hoje) obreiros anónimos do
futuro. Ao problema da morte, do não ser, responde
satisfatoriamente a certeza consoladora
deste prolongamento da nossa existência. Se se
pudesse falar em eternidade, esta seria
a única eternidade da nossa vida, como seres pensantes e
voluntariosos.»
Álvaro Cunhal, “Um Problema de Consciência”,
1939
1 comentário:
Sem dúvida. O que fizermos hoje terá reflexo no futuro. E esta é a verdadeira imortalidade, bem patente em Álvaro Cunhal.
Um beijo.
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