terça-feira, 27 de agosto de 2019

A VÍTIMA

Quem não se compadece com a vítima, quem não se entristece com as agressões, calúnias e injustiças sofridas pelo paralelepípedo (tem quatro facetas políticas), mais conhecido por bloco.

 A promoção via vitimização é um velho truque, basta abrir um jornal e ver as parangonas: “O PS e o desprezo pelo Bloco”, “porque não trata o PS o Bloco como trata o PCP?”, "PCP é um verdadeiro partido de massas, o Bloco é um partido de mass media." Rui Rio saltou em defesa da vítima: “Ingratidão”, exclama.

O cenário é de feira, mas fazem para que a peça resulte.

Rádios, televisões, jornais e redes sociais de megafone em punho ampliam o sentimento de Rio: “ingratidão”.

Algumas verdades vêm inquinadas de cinismo e sofisma, procurando colar o PCP ao governo, e afastar a “esquerda radical” do PS, ou seja, criar um Syrisa português, escancarar de novo os portões à política neoliberal que o PS/PSD/CDS sempre têm feito quando se encontram de mãos livres. Vide Grécia.

O Bloco, não é bem um bloco, é a armadinha que o PS e a outra direita usam para apanhar a esquerda desorientada, não vá cair na esquerda consequente, o seu fantasma de sempre.

1 comentário:

Olinda disse...

E se a "facada"ao Bloco não for suficiente dramático,arranja-se outro cenário !Parece-me que o reconhecimento da honestidade política do PCP da parte de António Costa,pode ter duas leituras:Reconhece-a e afirma-o.E,também,usa essa afirmação para provocar certos militantes mais críticos com a solução tomada pelo Partido e desmobilizá-los.É o meu parecer,vale pelo que vale.Abraço