sábado, 17 de julho de 2021

Milhentos microfones direccionados…

 

 

Esta dúzia de palavras, num diário dito de “referência”,

dá o mote a uma crónica, chapa de muitas outras. 

“Os erros cubanos e os embargos alheios”, assim inicia a mistificação. A arenga é de mestre sem escrúpulos, sabe podar a verdade numa árvore cercada. “O erro é cubano o embargo alheio.”

Mas sabe também “que não há nada como a falta de comida para agitar os protestos.” Os embargos são alheios.

E que:

Aqui o escriba não conseguiu controlar o exagero; famélicos a comprar uma aspirina por 34 euros…

“As redes sociais omnipresentes desde que a Internet móvel se tornou uma realidade na ilha em 2018, agitaram as águas e puseram de pé os famélicos daquela terra em manifestações pelo fim do regime que são mais pelo direito de não ter de continuar imaginando comida sem a comer. Faltam alimentos, carecem de medicamentos: “Para comprar uma aspirina no mercado negro, que é onde aparece, é preciso pagar 1000 pesos [34 euros]”, afirmava a escritora Wendy Guerra no seu site.”

O parágrafo seguinte esbate ou põe em dúvida o anterior – vale a pena ler com atenção:

“Era inevitável que surgissem de fora e de dentro os incentivos a forçar uma mudança de regime. Resta saber se a dimensão que se dá a estes protestos no exterior (qualquer palavra de ordem sussurrada em Cuba é amplificada por milhentos microfones direccionados) reflecte uma verdadeira vontade de mudança ou apenas a explosão momentânea de dieta escassa.”

“ABENÇOADAS REDES SOCIAIS”

AMLO

1 comentário:

Olinda disse...

O império investe milhões de dólares,roubados ao seu povo,para arremeter contra Cuba,aproveitando a pandemia que tem fragilizado ainda mais a economia cubana.Mas continuam a desconhecer a força de um povo culto e digno que nunca se irá submeter.Os escribas ,eles também,andam muito ansiosos e dá-lhes para dizer,desdizer,baralhar,voltar a dar.Abraço