terça-feira, 20 de setembro de 2022

Do face sem permissão

 

NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE OS SOCIALISTAS, SOCIAL-DEMOCRATAS E TRABALHISTAS SÃO UNS 'QUERIDOS' A APOIAR GUERRAS DA NATO

- lembra Alfredo Barroso, depois de ouvir António Costa a apoiar incondicionalmente a guerra indireta da NATO contra a Rússia:

Ainda antes da vergonhosa atitude de Ferro Rodrigues em relação à invasão do Iraque (2003), quando ele era o secretário-geral do PS, é bem verdade que já ninguém se lembra do António Guterres PM e secretário-geral do PS, ativo apoiante de uma NATO "agressora", a bombardear criminosamente Belgrado, no "Apocalipse Côr-de-Rosa", como eu lhe chamei num texto publicado no 'Expresso' em 10 de Abril de 1999. Aqui vai um excerto do que então escrevi:

- «Acontece que os Estados Unidos decidiram mandar às urtigas não só a Carta das Nações Unidas mas também a Carta do Atlântico - desrespeitando não apenas as regras do Direito Internacional pelas quais se rege a ONU, mas também as regras do Direito Internacional pelas quais se rege a NATO. A ONU foi pura e simplesmente posta à margem e a NATO deixou de ser considerada uma organização meramente defensiva. Mesmo os princípios do Direito inscritos nas Constituições da maior parte dos países europeus membros da NATO foram vergonhosamente ignorados e desrespeitados. Como, ainda há dias, oportunamente lembrou Vasco Graça Moura, o Presidente da República "não declarou guerra a ninguém", e todavia Portugal está envolvido numa "guerra de agressão", sendo certo que, nos termos da Constituição, o Presidente da República só pode declarar a guerra em caso de agressão efetiva ou iminente e tem, para isso, de ser autorizado pela Assembleia da República.

«Deve ser esta uma das consequências da "terceira via", que tanto inspira o inefável Tony Blair; ou do "novo centro", que tanto inspira o insuportável Gerard Schöder; para já nem falar da "nossa via", que tanto inspira o engenheiro António Guterres. Desprovidos de quaisquer fundamentos teóricos, navegando à vista, sem bússola e sem rumo, completamente obcecados pela conjuntura económica e pelos mercados financeiros, os social-democratas europeus, hoje no poder, traíram os ideais do socialismo democrático e estão a cavar a sua própria sepultura sob os escombros do "apocalipse cor-de-rosa" que desencadearam nos Balcãs. A insensatez, a subserviência e o seguidismo irresponsável do governos social-democratas europeus em relação à arrogância do poder imperial dos Estados Unidos são, de facto, perfeitamente escandalosos. Como escreveu o insuspeito guru dos geopolíticos americanos, Samuel Huntington, na revista 'Foreign Affairs': "Os Estados Unidos, ao mesmo tempo que denunciam vários países como 'Estados vadios', estão eles próprios a tornar-se, para inúmeros países, uma superpotência vadia"».

E os social-democratas são os lacaios da "superpotência vadia".

Escrevi isto há já 23 anos, e parece-me que a trágica história deste primeiro quartel do século XXI me tem dado razão, a mim e a Samuel Huntington (passe a ousadia de me comparar a ele): no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria, na Somália, e agora também na Eurásia, que 'Donkey' Joe Biden Robinette, actual presidente da "superpotência vadia", os EUA, quer dominar a todo o custo, para ameaçar a China.

Campo d'Ourique, 13 de Setembro de 2022

Esta coleção de retratos ilustra bem um PS que tem andado sempre, sempre atrás da "superpotência vadia", os EUA, e do seu longo braço armado na Europa, a NATO - sobretudo desde que esta deixou de ser uma organização militar meramente defensiva e se transformou numa organização militar ofensiva, agressiva e expansionista...

Alfredo Barroso




1 comentário:

Olinda disse...

Os Estados vadios são compostos de gente vadia,e nós temos tanta gente vadia por metro quadrado.Abraço