segunda-feira, 5 de julho de 2010

Contos Cubanos - Mahmoud Darwish


Ainda e sempre a luta contra o naziSSionismo

Contos Cubanos

I
Não tenho tempo agora
De
contar as histórias dos mártires
Não tenho tempo
Os
lábios das feridas em curso
Me sangram... devoram meus últimos instantes
Mas tu não chores
Meu sangue é um fio de azeite
Que alimenta a lâmpada da liberdade
Não chores tu
Enquanto cuba esteja em

II
Mãe
As
lágrimas sobre mártires vivos
São uma grande vergonha
Ora pela terra verde
Que seja pródiga em pães para seus filhos
Reza
pelos vivos
Que permaneçam anos em sua pátria
Não comi meu pão... Ó mãe
Os
inimigos se fartaram... inclusive de minha carne
E
amanhã... os corvos dos bosques negros
Disputarão
meu corpo
Mas ficarão o pão e Cuba
Para os cubanos livres

III
Minha tumba Ó mãe... minha tumba não tem endereço
Eu vivo em todas as partes
Caminho... e não tenho pernas
Falo... e não tenho língua
Vejo... e
não tenho olhos
Eu vivo em todas as partes
Sou o
deus deste século
Filho de Revolução... e da dor

Mahmud Darwish

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Estou encantada por ter descoberto este blog. Grandes armas estas palavras.

Um beijo.

cid simoes disse...

Graciete; não sei o que se passa mas não consigo descarregar o seu comentário. Vou tentar mais tarde. Obrigado pela visita.

Graciete Rietsch disse...

No meu comentário eu confessava-me encantada por ter descoberto este blog que já pus nos meus favoritos. Um abraço e parabéns.