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O esquecimento é uma arma poderosa e o desviar a atenção de questões incómodas é táctica velha.
As baixas sofridas pelo exército britânico no Afeganistão estão a exasperar a opinião pública. A agressão à Líbia, o impasse em que se encontra e cuja saída não é previsível é inquietante.
O descontentamento social generalizado avoluma-se e a classe média encontra-se intranquila. Há que a amedrontar. As imagens são sempre as mesmas e chocantes e os incêndios enchem os écrans das televisões
Encontrar um catalizador nos lúmpen que infestam os tais “bairros problemáticos”, canalizar a atenção e as preocupações para a periferia dos verdadeiros problemas, é necessário e urgente.
A revolta dos que nada têm a perder, é sentida e verdadeira, bastando uma faúlha para a despoletar. Os encapuzados, sempre com a mesma indumentária e apetrechos, tomam a iniciativa e abrem o caminho à pilhagem. Missão cumprida, regressam à esquadra de onde saíram, vestem o uniforme e vão combater os insurrectos.
Tal como no Cairo mobiliza-se “povo” contra povo e encenam-se lutas entre civis. Porque o Governo é generoso o primeiro-ministro, encapuzado-mor, vai apoiar todos os que foram afectados.
O espectáculo terminará em apoteose não deixando ver o que se encontra atrás do palco.
1 comentário:
Muito bem observado!
Um abraço.
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