quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Calma aí! - Quem lançou a faúlha?

O caixão do tenente-coronel Rupert Thorneloe - uma das 191 baixas britânicas no Afeganistão desde 2001 - é carregado durante cerimónia fúnebre em Londres, no dia 16 de Julho.


O esquecimento é uma arma poderosa e o desviar a atenção de questões incómodas é táctica velha.

As baixas sofridas pelo exército britânico no Afeganistão estão a exasperar a opinião pública. A agressão à Líbia, o impasse em que se encontra e cuja saída não é previsível é inquietante.

O descontentamento social generalizado avoluma-se e a classe média encontra-se intranquila. Há que a amedrontar. As imagens são sempre as mesmas e chocantes e os incêndios enchem os écrans das televisões

Encontrar um catalizador nos lúmpen que infestam os taisbairros problemáticos”, canalizar a atenção e as preocupações para a periferia dos verdadeiros problemas, é necessário e urgente.

A revolta dos que nada têm a perder, é sentida e verdadeira, bastando uma faúlha para a despoletar. Os encapuzados, sempre com a mesma indumentária e apetrechos, tomam a iniciativa e abrem o caminho à pilhagem. Missão cumprida, regressam à esquadra de onde saíram, vestem o uniforme e vão combater os insurrectos.

Tal como no Cairo mobiliza-se “povocontra povo e encenam-se lutas entre civis. Porque o Governo é generoso o primeiro-ministro, encapuzado-mor, vai apoiar todos os que foram afectados.

O espectáculo terminará em apoteose não deixando ver o que se encontra atrás do palco.



1 comentário:

Fernando Samuel disse...

Muito bem observado!

Um abraço.