sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ORGANIZAR É LUTAR


ORGANIZAR É LUTAR

A História é impulsionada pela dinâmica de todos os intervenientes que estabelecem a cadência e as aparentes pausas ou os movimentos mais ou menos bruscos antes de provocarem as mudanças qualitativas.

O operariado industrial e agrícola, e os restantes assalariados, têm sido e continuarão a ser, consoante a sua capacidade de organização, os porta-bandeira das classes mais exploradas. Bandeira que a pequena e média burguesia abandona e por vezes vilipendia, sempre que se considera relativamente bem instalada, permitindo o reforço do poder económico que se impõe ao político. De mãos livres, os detentores do capital, com a classe trabalhadora reduzida aos limites da sobrevivência, lançam-se à extorsão das classes que pela sua volubilidade e oportunismo entregaram o garrote aos seus algozes, na suposta convicção que nunca seriam sujeitas a quaisquer tratos de polé.

O mal-estar instala-se na classe média que se esvai. Os jovens com o futuro bloqueado perdem perspectivas e entram em desespero, e os progenitores acumulam cada vez mais dificuldades para fazerem face às necessidades do agregado familiar. A revolta mansa, própria dos que deixam aos outros a histórica missão de construir o futuro, torna-se neurastenia.

A pequena burguesia desorientada e em desespero junta-se aos que ocupam as Ruas e Praças, reivindicando uma vida digna e o futuro risonho a que têm direito.

Adesão indispensável nas lutas que se avizinham. Esta classe rafeira, assalariada mas pretensiosa, reivindica um futuro promissor e salvo raras excepções há os que pensam também nos outros.

Organizar é lutar.

Em Setembro de olhos postos no 1 de Outubro.


1 comentário:

Fernando Samuel disse...

Lá estarei - no meio da enorme multidão...

Um abraço.