Para facilitar o esbulho utilizaram as palavras como guarda pretoriana dos troikanos. Não era um empréstimo mas uma ajuda que nos iam conceder. Seríamos ajudados, e porque a palavra ajudar é benigna e todos nós aceitamos de bom grado que nos ajudem, o termo adoçou a pírula. Hoje, não podendo esconder que a proclamada ajuda trazia no seu ventre a usurpação, anunciam o quantitativo do furto designando-o de “comissão”. Notem bem, primeiro veio a “ajuda” e só depois a “comissão”. Juros?... quais juros nem meios juros. Juros trazem à memória a usura, palavra feia ou o agiota de imagem repelente. Vegetando, vamos trabalhar para os troikanos, gente de bem que nos leva o fruto do nosso suor deixando-nos a cozinhar o rancor a fogo lento até se tornar revolta.
“As palavras são armas”. Fui confrontado com esta verdade incontornável numa das idas de Óscar Lopes à Cooperativa Piedense e desde então não mais a esqueci. A PIDE assistia aos colóquios.
Dia 12 de Novembro a Função Pública e os Militares manifestam-se
1 comentário:
Pois, então, vamos à luta!
Actualmente,as duas perspectivas que se desenham parecem-me claras; com o agudizar das contradições e das correspondentes rupturas e lutas sociais, inevitáveis e indispensáveis e a cada dia mais graves e mais vigorosas, das duas uma: ou somos nós que nos rebelamos primeiro - e reconquistamos o caminho da liberdade e do desenvolvimento que nos foram roubados há já 35 anos -, ou este regime podre transformar-se-á rapidamente numa ditadura neofascista, qual pretor do poder colonial franco/germânico na Lusitânia.
Abraço.
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