terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O trapaceiro-mor

O homem está constrangido, é mais do que evidente que não procura protagonismo e que foi forçado a se exibir. Este sujeitinho, é a coqueluche dos mídia, e sempre que as derrapagens sociais se aceleram, vão à procura do seu último arroto.

“Subiu para o tanque com relutância”. Traste!

Do recente livro de Mário Soares, extraio a seguinte passagem (sublinhados meus): «(...) À saída do aeroporto estava uma pequena multidão à espera de Cunhal. E, paradoxalmente, havia um tanque estacionado. Para quê pensei eu? Cunhal subiu para o tanque e, salvo erro entre um soldado e um marinheiro, retirou um discurso do bolso e começou a falar. Um dirigente comunista, que não recordo quem fosse, convidou-me a subir para o tanque o que fiz com alguma relutância, diga-se. Quando Cunhal se apercebeu que eu estava ao lado dele, disse qualquer coisa a um camarada, o qual pouco depois me pediu para descer porque - como disse - houve um equívoco. Desci com grande gosto, porque percebi o cenário: Cunhal entre um soldado e um marinheiro, em cima de um tanque, era algo que lembrava Lènine, no seu regresso a Moscovo...(pág. 183)»

Quanto à "pequena multidão", publicarei em breve as fotografias.

Mas reparem na sequência da exposição:

- Cunhal subiu para o tanque

- retirou o discurso do bolso e começou a falar

- enquanto falava um dirigente comunista convidou-o a subir

- quando o Cunhal se apercebeu que estava ao lado dele, disse qualquer coisa a um camarada, o qual lhe pediu que descesse.

Se o Álvaro Cunhal estava a falar quando subiu e logo depois desceu, como justifica a sua intervenção e o tão grande entusiasmo?

Eu justifico: Soares é um despudorado trapaceiro!

4 comentários:

Maria disse...

O homenzinho é um traste!

Sérgio Ribeiro disse...

Muito bem apanhado!
Apesar de (desculpa lá...) é fácil apanhar o trapaceiro em trapalhices e aldrabices, tantas elas são. E não param...

Um abraço

Fernando Samuel disse...

E estás a tratá-lo muito bem...


Um abraço.

trepadeira disse...

Um sacrista.

Um abraço,
mário