MADRID 19 de Julho de 2012
(E quando nada mais houver para vender?)
Esta fotografia trouxe-me à
memória a leitura que desde há muito venho
fazendo de “A origem da família da propriedade e do Estado” de
Friedrich Engels.
«… quando o produto da venda do lote de terra não bastava para cobrir o montante da dívida hipotecária, (hoje são os apartamentos devolvidos aos bancos) e não havia com que cobrir a diferença, o camponês devedor tinha que vender os filhos nos mercados de escravos estrangeiros para satisfazer por completo o seu credor. A venda dos filhos pelo pai foi, pois, o primeiro fruto do direito paterno e da monogamia. E, se, ainda assim, o vampiro não se
saciasse, podia vender como escravo o seu próprio devedor. Essa foi a
aurora da formosa civilização do povo ateniense.»
E ainda…
«Mas, com o progresso do comércio e da indústria, vieram o
acumulo e a concentração das riquezas em poucas mãos, e com isso o empobrecimento da massa dos cidadãos livres, aos quais só ficava o recurso de escolher entre: competir com o trabalho dos escravos, (…) ou
converter-se em mendigos. Este último caminho foi o
escolhido. Como, porém,
constituíam a maior parte dos cidadãos, os que assim fizeram
acabaram por levar à ruína o Estado ateniense. Não foi a democracia que arruinou
Atenas. »
Muito se fala da Grécia berço da democracia. E destes ensinamentos!?
Vamos retroceder 2600 anos?
2 comentários:
Eles bem querem.
Cabe-nos impedir,como sempre,numa luta de vida ou morte.
Um abraço,
mário
Vamos a caminho, no passo atás, mas precisamos de acabar com o medo e voltar a andar em frente.
Um beijo.
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