domingo, 1 de dezembro de 2013

A CRISE IMPEDE…


A “crise” impede doentes… A “crise” surge assim como um demónio sem rosto disposto a flagelar os que sofrem. É a “criseque impede, a “crise” surge anónima, atemporal, indefinida como um fantasma ou medo que se oculta ondeangústia e sofrimento.
ESTALEIROS DE VIANA. TRABALHADORES MARCAM MANIFESTAÇÃO PARA 13 DE DEZEMBRO
 
A “crise” está nos Estaleiros de Viana do Castelo. Chegou de moto próprio, instalou-se e resolveu enviar para a vala comum do desemprego centenas de trabalhadores, entregando à fome e ao desespero milhares de seres que simplesmente desejam viver com dignidade. Foi a “crisesem intervenção de nenhum crápula ou asqueroso ministro mandatado por executivo fascista. A “crise” é autogestionária, movimenta-se nas classes desfavorecidas e vai eliminando a classe média e franjas da até aqui mais abastada. A banca e os beleguins ao seu serviço são alheios aos crimes cometidos pelacrise” lavando daí as mãos. A “crise” é a única culpada.

Onde encontrar então a “crisepara a fotografar, tomar-lhe as impressões digitais e colocar o retrato em todas as esquinas, como acontecia no far west, para que a entreguem viva ou morta, sem esquecer as e alvíssaras.

O modo síbilino como os mídia, em grossos caracteres nos apresentam as notícias, esbate ou apaga a raiz do acontecimento. Doentes que podem morrer por não terem acesso a medicamentos devem dirigir-se ao guiché mais próximo da “crise” e apresentar protesto ou algo de mais contundente.

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

A crise tem rosto. Não é possível mais ocultá-lo. Sinto uma enorme raiva quando ainda encontro gente tão conformada!!!

Um beijo.