Os media,
sempre que referem o PCP, é obrigatório colar-lhe o BE ao sapato, como aquela
enervante pastilha elástica que passava do tacão para a biqueira do outro
sapato.
Se o PCP levanta o problema da sardinha, logo
aparece o Bloco de carapau em punho, frente ás câmaras que com ele dormem. Se
na Assembleia da República se discute uma qualquer proposta apresentada pelo
PCP, os holofotes enquanto o deputado comunista fala focam os mediáticos
bloquistas. E nos jornais ditos de referência, as grandes fotos do Bloco no
cimo das páginas par fazem manchete, contrastando com uma pequena foto no canto
inferior esquerdo das páginas ímpar, lugar cativo para os comunistas.
A mesma comunicação associal que
objetivamente está do lado do “golpe” brasileiro e deita gasolina na Venezuela
democrática e em aparente contradição projeta o Bloco.
Os exemplos são tantos e tão flagrantes que desnecessário
é referi-los, mas que têm resposta límpida e linear: Sem os media o Bloco não existia; a comunicação associal é o palco onde a
pequena burguesia representa o seu espetáculo aplaudido na sombra pelos que o
promovem. O BE é um saco ideológico vazio, que tanto alinha com o
revolucionário Syriza grego como contracena com o espanhol Podemos cuja
ideologia é a não ideologia.
George Soros que se ufana de estar por detrás
da
Revolução Laranja
na Ucrânia, confirma o seu suporte ao Syriza, Podemos e aos mártires angolanos que
também se movimentam neste maquiavélico labirinto.
As más companhias nunca nos levam por bons
caminhos e o senhor Rosas podia dar tréguas ao seu alambique onde destila o
veneno com o qual ainda se pode intoxicar, o que seria lastimável.
"IU no seu labirinto"
1 comentário:
Burgueses de esquerda, é coisa que não consigo entender!Ainda mais,sem ideias próprias.Mas,é como dizes,o microfone e os holofotes,dão-lhes a projecção que os interesses do sistema pretendem.Abraço e bom fim de semana
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