sexta-feira, 20 de maio de 2016

O chiclete do sapato


Os media, sempre que referem o PCP, é obrigatório colar-lhe o BE ao sapato, como aquela enervante pastilha elástica que passava do tacão para a biqueira do outro sapato.

Se o PCP levanta o problema da sardinha, logo aparece o Bloco de carapau em punho, frente ás câmaras que com ele dormem. Se na Assembleia da República se discute uma qualquer proposta apresentada pelo PCP, os holofotes enquanto o deputado comunista fala focam os mediáticos bloquistas. E nos jornais ditos de referência, as grandes fotos do Bloco no cimo das páginas par fazem manchete, contrastando com uma pequena foto no canto inferior esquerdo das páginas ímpar, lugar cativo para os comunistas.

A mesma comunicação associal que objetivamente está do lado do “golpe” brasileiro e deita gasolina na Venezuela democrática e em aparente contradição projeta o Bloco.
Os exemplos são tantos e tão flagrantes que desnecessário é referi-los, mas que têm resposta límpida e linear: Sem os media o Bloco não existia; a comunicação associal é o palco onde a pequena burguesia representa o seu espetáculo aplaudido na sombra pelos que o promovem. O BE é um saco ideológico vazio, que tanto alinha com o revolucionário Syriza grego como contracena com o espanhol Podemos cuja ideologia é a não ideologia.
 
George Soros que se ufana de estar por detrás da Revolução Laranja na Ucrânia, confirma o seu suporte ao Syriza, Podemos e aos mártires angolanos que também se movimentam neste maquiavélico labirinto.

As más companhias nunca nos levam por bons caminhos e o senhor Rosas podia dar tréguas ao seu alambique onde destila o veneno com o qual ainda se pode intoxicar, o que seria lastimável.

"IU no seu labirinto"

1 comentário:

Olinda disse...

Burgueses de esquerda, é coisa que não consigo entender!Ainda mais,sem ideias próprias.Mas,é como dizes,o microfone e os holofotes,dão-lhes a projecção que os interesses do sistema pretendem.Abraço e bom fim de semana