Mesmo
acelerando o ritmo, torna-se impossível beijar todos os cidadãos até ao fim do
mandato. Há que ser seletivo, razão pela qual o senhor PR se escusou a receber
as trabalhadoras da “Triumph” que havia convidado a Belém. Era fatal!
O
PR ainda não depositou o seu ósculo em toda a realeza, muitos bispos aguardam
ainda a saliva presidencial e, beijar uma operária que ficou sem emprego, não é
o mesmo que beijar a turista que lhe pediu uma selfie.
Acabou
a festa. Pode servir o almoço aos sem-abrigo na cantina ou na tasca, que logo
encontrará à porta, os trabalhadores dos CTT ou os enfermeiros reivindicando
mais seringas.
Cerca de quinhentos trabalhadores foram lançados
na vala-comum do desemprego, quase tantos como os habitantes das aldeias
atingidas pelos fogos. É uma calamidade diferente, a que o senhor PR já se
habitou desde pequenino, é um sofrimento que destrói queimando lentamente.
3 comentários:
o coiso não dá beijo sem nó...
(excelente post)
São reis, bispos e padres, são velhos e crianças mas trabalhadores é que não é lá muito o seu jeito de beijar. Muito menos sindicalistas, credo, dirá..
São reis, bispos e padres, são velhos e crianças mas trabalhadores é que não é lá muito o seu jeito de beijar. Muito menos sindicalistas, credo, dirá..
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