A
luta foi, é e será sempre a arma dos justos.
Encarcerado
durante 27 anos, Nelson Mandela é libertado. Em 1985 o presidente Botha
ofereceu-lhe a liberdade em troca de renunciar à luta armada, o que Mandela
recusou.
Só
em 2008, pouco antes de seu 90º aniversário, os Estados Unidos retiraram o seu nome da sua lista de
terroristas.
Não resisto a reeditar este meu post publicado quando do 90º aniversário de Mandela:
Mandela e as lágrimas dos nossos crocodilos
«Sr. Presidente,
Srs. Deputados:
Não resisto a reeditar este meu post publicado quando do 90º aniversário de Mandela:
Mandela e as lágrimas dos nossos crocodilos
Quem estava no poder em 1987?
Mário Soares Presidente de República
e Cavalo Silva Primeiro-Ministro.
Cavaco Silva votou
contra a libertação
de Mandela com a sua ídolo Thatcher. O que fez Mário Soares? Assobiou para o lado para não desagradar ao seu Tio Sam que o
colocou no pedestal.
O então ministro dos Negócios
Estrangeiros João de Deus Pinheiro e até
Jorge Sampaio, então presidente
do Grupo Parlamentar
do PS, têm uma vaga ideia do que se passou na altura.
Hoje, banhados em lágrimas de crocodilo,
os que de algum
modo foram coniventes no crime, juntam-se a toda
a escumalha choramingando o passamento
de Mandela.
Ele perdoo-lhes
o gesto por
se tratar de figuras
rasteiras eu
denuncio-os por serem velhacos.
Quando do nonagésimo aniversário
de Nelson Mandela, o PCP apresentou na Assembleia da República
um voto
de congratulação por tal acontecimento.
«Sr. Presidente,
Srs. Deputados:
Nelson
Mandela faz, precisamente, hoje 90 anos e
o PCP decidiu propor à Assembleia da República que
aprovasse um voto
de congratulação por este acontecimento,
associando-se, aliás, a vozes que, por todo o mundo, manifestaram o seu
júbilo pelos
90 anos de Nelson Mandela.
-Não sabemos ainda
como é que
os partidos à direita
vão votar o nosso voto, mas, seja como
for, ele já
cumpriu a sua função,
porque, se o PCP não
o tivesse proposto, decerto que a Assembleia da República
não aprovaria nenhum
voto de congratulação pelos 90 anos
de Nelson Mandela.
Assim, vai aprovar.
Mas nós votaremos todos
os votos. Estejam descansados!
O que é
interessante é a necessidade que os partidos
à direita sentiram de apresentar
votos próprios,
demarcando-se do voto apresentado pelo PCP sobre esta matéria. Fazem-no para se
desembaraçarem de embaraços que a vossa própria história
vos cria.
Isto porque aquilo que os senhores
não querem que
se diga, lendo os vossos votos, é que
Mandela esteve até hoje
na lista de terroristas
dos Estados Unidos da América. Mas isto é verdade! É público e notório - toda
a gente o sabe!
Os senhores não querem que
se diga que Nelson Mandela conduziu uma luta armada contra o apartheid,
mas isto
é um facto histórico.
Embora os senhores
não o digam, é a verdade,
e os senhores não
podem omitir a realidade.
Os senhores não querem que
se diga que, quando,
em 1987, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou, com
129 votos, um
apelo para a libertação incondicional de
Nelson Mandela, os três países que
votaram contra foram os Estados Unidos da América, de Reagan, a Grã-Bretanha,
de Thatcher, e o governo português,
da altura.
Isto é a realidade! Está documentado!
Não querem que se diga que,
em 1986, o governo
português tentou sabotar,
na União Europeia, as sanções
contra o regime
do apartheid.
Não querem que se diga que
a imprensa de direita
portuguesa titulava, em 1985, que: «Eanes recebeu em
Belém um terrorista
sul-africano». Este «terrorista» era
Oliver Tambo!
São, portanto, estes
embaraços que
os senhores não
querem que fiquem escritos
num voto.
Não querem que se diga que
a derrota do apartheid
não se deveu a um
gesto de boa vontade
dos racistas sul-africanos mas à heróica luta do povo
sul-africano, de Mandela e à solidariedade
das forças progressistas
mundiais contra aqueles
que defenderam até
ao fim o regime
do apartheid.
Congratulamo-nos vivamente
com os 90 anos
de Nelson Mandela e queremos saudar, na sua pessoa, a luta heróica do
povo sul-africano pela
sua dignidade,
pela igualdade
entre todos
os seres humanos
e contra o hediondo
regime do apartheid.
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS»
Para Mandela de Fidel, en julio de 2010
5 diciembre 2013
Viejo y prestigioso
amigo, cuánto me
place verte convertido y reconocido por
todas las instituciones políticas del mundo como símbolo de la libertad, la justicia y la dignidad humana.
Te convirtieron en trabajador forzado en las canteras, como
hicieron con Martí cuando tenía 17 años.
Sólo estuve en la prisión política
menos de dos años, pero fue tiempo suficiente para comprender
lo que significan 27 en las soledades de una
prisión, separado de familiares y amigos.
En los años finales
de tu martirio, tu
Patria, bajo la tiranía del Apartheid,
fue convertida después de la Batalla de Cuito Cuanavale en instrumento
de la guerra contra
los combatientes internacionalistas cubanos y angolanos que
avanzaban sobre la ocupada
Namibia. Nadie podía ocultarte las noticias de la solidaridad que el pueblo, bajo tu
guía, despertaba entre todas las
personas honestas de la tierra.
Entonces, como
hoy, el enemigo estaba a punto de dar un zarpazo nuclear contra las tropas que, en
ese caso, avanzaban contra
el sistema odioso
del Apartheid.
Nunca nadie fue capaz de explicarte de
dónde salieron y cuándo se llevaron aquellos instrumentos
de muerte.
Visitaste nuestra Patria y te
solidarizaste con ella, cuando todavía no eras
Presidente de Sudáfrica elegido
libremente por el pueblo.
Hoy la humanidad está amenazada por el mayor riesgo en toda
la historia de nuestra especie.
Ejerce toda
tu inmensa fuerza moral
para mantener a Sudáfrica lejos de las bases militares
de Estados Unidos y la OTAN.
Amigos ayer del Apartheid, hoy compiten cínicamente por
simular amistad.
Los pueblos de África que
sobrevivan a la catástrofe nuclear
que se avecina, necesitarán más que nunca los
conocimientos científicos y los avances
de la tecnología sudafricana.
La humanidad aún puede preservarse de los golpes demoledores de la tragedia nuclear
que se aproxima, y la ambiental que ya está presente.
Fraternalmente,
Fidel Castro Ruz
Julio 18 de 2010
1 comentário:
Em 1987 quando a Assembleia-geral das Nações Unidas aprovou uma resolução exigindo a libertação incondicional de Nelson Mandela, essa resolução teve 3 votos contra, apenas três votos contra, esses votos contra foram dos Estados Unidos, de Ronald Regan, do Reino Unidos, de Margaret Thatcher, e de Portugal, de Cavaco Silva
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