A
raiva é também vírus social, que se dispersa ocasionando surtos explosivos de
difícil controlo. A raiva só por si nada resolve, tal como o palavrão, não alivia
a dor.
A
douce france que elegeu Sarkozy,
Hollande e Macron, está zangada. A pequena e média burguesia francesa, e grande
parte dos que estão na rua exigindo o aumento do salário mínimo, votaram nestes
personagens de opereta, de fraco espírito, ridícula figura, marionetas do
grande capital, imagem das democracias burguesas com o véu diáfano do neofascismo,
sempre atento ao mal-estar social.
Os
franceses estão na rua, é positivo, não sabem é como voltar para casa, nos
últimos tempos, têm-se enganado no caminho.
O
regresso ao bem-estar coletivo só é possível com os trabalhadores organizados
no seu partido de classe. Lutar contra a degradação do nível de vida é indispensável,
mas se não for posto em causa, e extirpado o vírus… voltam à rua, tornam a
casa, e voltam a sair à rua, queimam pneus, mas não queimam o vírus.
MAS…
«Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.»
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.»
1 comentário:
Creio que os trabalhadores de hoje conseguem identificar o inimigo,mas encontram-se completamente à deriva,sem um partido que os organize e politize.Infelizmente,quem canaliza todo este descontentamento é a extrema direita,com um discurso populista.Abraço
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