domingo, 25 de novembro de 2018

A RAIVA

 
A raiva é também vírus social, que se dispersa ocasionando surtos explosivos de difícil controlo. A raiva só por si nada resolve, tal como o palavrão, não alivia a dor.

A douce france que elegeu Sarkozy, Hollande e Macron, está zangada. A pequena e média burguesia francesa, e grande parte dos que estão na rua exigindo o aumento do salário mínimo, votaram nestes personagens de opereta, de fraco espírito, ridícula figura, marionetas do grande capital, imagem das democracias burguesas com o véu diáfano do neofascismo, sempre atento ao mal-estar social.

Os franceses estão na rua, é positivo, não sabem é como voltar para casa, nos últimos tempos, têm-se enganado no caminho.

O regresso ao bem-estar coletivo só é possível com os trabalhadores organizados no seu partido de classe. Lutar contra a degradação do nível de vida é indispensável, mas se não for posto em causa, e extirpado o vírus… voltam à rua, tornam a casa, e voltam a sair à rua, queimam pneus, mas não queimam o vírus.

MAS…

«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.»

1 comentário:

Olinda disse...

Creio que os trabalhadores de hoje conseguem identificar o inimigo,mas encontram-se completamente à deriva,sem um partido que os organize e politize.Infelizmente,quem canaliza todo este descontentamento é a extrema direita,com um discurso populista.Abraço