domingo, 25 de novembro de 2018

A vara



Que delicadeza, que ternura e compreensão para estes desajustados da sã convivência social. Os crápulas a partir de determinado nível de concussão, deviam ter acesso a psicólogos especializados em distúrbios na área da plutocracia, dando toda a assistência devida aos usurpadores de alto coturno.

E tendo em conta o número elevado de escroques, e por ser menos oneroso, sugeria a terapia de grupo, antes de serem presos, proporcionando-lhes deste modo, um convívio em que recordariam as façanhas e manhas interpartidárias.

Proporia ainda, que o “Parque dos Poetas” em Oeiras, inspirasse Isaltino de Morais a construir o “Parque dos Corruptos” com estátuas de dimensão proporcional ao montante extorquido ao erário público, o que, certamente, o deixaria a um nível muito inferior a todos os seus comparsas.

Uma iniciativa didática dirigida especialmente a estudantes, mostrando-lhes os nossos símbolos da corrupção recente. A nossa história de sempre.

Um honesto carteirista, é agarrado pelo braço e conduzido à esquadra, mesmo nos dias de Natal, por entre os transeuntes, sem o mínimo respeito por este artesão com trabalho de alto risco, e rendimento incerto.


1 comentário:

Olinda disse...

Desconhecia que havia uma palavra identificativa para um ladrão de estirpe!Os de baixo são simplesmente chamados,gatunos e demais vocábulos com o mesmo sentido.Ao fim e ao cabo,um ladrão que rouba milhões não pode ser tratado da mesma forma de outro que rouba "tostões".Abraço