Dei
uma vista de olhos pelos media e
encontrei cronistas malabaristas muito zangados, frustrados porque não foi dado
ao 25 de novembro a importância histórica que desejavam, mas nenhum refere que:
No
25 de Abril, o Povo veio para a rua abraçar os militares e no 25 de novembro o
Povo fechou-se em casa com medo dos militares.
A
Revolução dos Cravos foi internacionalmente aplaudida, o 25 de novembro é
desconhecido.
O
25 de Abril foi glorificado por toda a intelectualidade e os artistas deram-nos
peças imemoráveis “Esta é a madrugada que
eu esperava / O dia inicial inteiro e limpo” e o Chico Buarque refere o 25
de novembro “já murcharam tua festa pá”.
O
25 de Abril continua a ser uma Festa, o 25 de novembro assemelha-se a um
funeral.
O
25 de Abril tem como símbolo uma flor, o 25 de novembro uma granada e um tipo
de óculos escuros.
O
25 de Abril é Feriado Nacional, ao 25 de novembro pode ser designado dia de “luto
nacional.”
Fico-me
por aqui. Já ri!
3 comentários:
É isso tudo!Eu,fico sempre a pensar,que mesmo um arremedo de fascista deixa os seus ovos.Abraço
O 25 de Novembro foi para acabar com o 25 de Abril e os militares voltaram para os quartéis e acabou a dinamização cultural. Foi só isso, nada mais do que isso. O Mário Soares não queria os militares nas ruas nas aldeias e nas cidades a ensinar as pessoas a ler e a escrever porque isso era muito perigoso, era o comunismo e o gonçalvismo e até parecia que estávamos em Cuba. No dia 26 de Novembro nem mais uma acção de dinamização cultural porque o 25 de Abril acabou e os soldados ao fim de 19 meses voltaram para os quartéis de onde tinham saído para fazer o 25 de Abril e nem mais um programa de televisão do MFA a dialogar com o povo e a ensinar o povo, o último programa ficou no ar e cortaram a palavra ao capitão Duran Clemente e em sua substituição a RTP começou a transmitir um filme cómico a preto e branco.
No 25 de Abril foram restauradas as liberdades com o Povo na rua, apesar dos apelos para que ficasse em casa.No 25 de Novembro foram restringidas as liberdades e instaurado o estado de sítio na área da Região Militar de Lisboa, para esmagar e pôr fim àquilo que Soares chamava a"Comuna de Lisboa (e Setúbal)", mesmo que à custa dum banho de sangue como o pretendido por Jaime Neves e seus apoiantes, na linha da vacina de Kissinger.
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