Partido Comunista Português leva quinta-feira ao
parlamento projetos para suspender propinas e cortes de luz, água, gás e
comunicações. A seguir Receitas das portagens não cobrem um terço dos encargos
das PPP
O Partido Comunista Português quer
impedir as concessionárias das autoestradas do país de reclamarem compensações
ao Estado devido à quebra de tráfego rodoviário nas infraestruturas que operam.
Em causa, está a existência de receitas garantidas nos contratos das
concessões, que permitem às operadoras exigir o equilíbrio financeiro da
exploração quando os mínimos não são atingidos, cláusulas que estarão já a ser acionadas
pelas empresas devido à quebra de tráfego com a pandemia. Em comunicado, o PCP
revela que vai levar ao parlamento um projeto de lei para que o Estado não seja
obrigado a compensar a redução dos valores cobrados em portagens.
“O PCP propõe
mesmo que a quebra de circulação seja refletida de forma inversa, determinando
uma redução dos encargos do Estado com essas PPP [parcerias público-privadas]e
não o pagamento de compensações às concessionárias”, avança o partido. De
acordo com o Ministério das Infraestruturas e Habitação, o tráfego nas várias
autoestradas portuguesas registava na semana após a declaração de estado de
emergência no país uma quebra de 75% em média. A quebra afeta Autoestrada do
Norte, Autoestrada do Sul e Autoestrada de Trás-os-Montes, concessões da Brisa,
assim como as autoestradas das Beiras, operações da Ascendi.
Segundo avançava
quarta-feira o Jornal de Negócios, algumas concessionárias estarão já a remeter
notificações ao Estado para alegar força maior no incumprimento de algumas
obrigações, abrindo caminho também para pedidos de reposição do equilíbrio
financeiro – ou seja, compensações por quebras nas receitas. Além deste projeto
de lei, o PCP vai também apresentar um projeto de lei para suspender durante a
pandemia cortes de água, luz, gás e telecomunicações por falta de pagamento, ao
mesmo tempo que propõe que valores que fiquem em dívida possam ser pagos a
prestações quando for ultrapassada a crise.
Com universidades encerradas, o
partido também pretende que não haja pagamento de propinas nem de mensalidades
de residências enquanto durarem as medidas excecionais de combate ao
coronavírus
1 comentário:
Projectos válidos para atenuar a crise de coronavírus.Não consigo ver a sua total aceitação.Abraço
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