O “Discurso sobre a Figueira” não é um panfleto é o Discurso do tédio acumulado pelo cinzentismo em que o autor se encontra envolvido, levando-o a expressar-se com o vigor exacerbado que Deus lhe vai perdoar, mas duvido que os figueirinhas sejam igualmente piedosos.
Neste ‘discurso’, o Fernando Campos fornece-nos os ingredientes onde podemos plasmar a mentalidade figueirinha vigente e o breve historial a que temos acesso, com boa vontade, justifica a mentalidade actual. O Discurso relata as truculências a que a pobre cidade tem sido sujeita e cuja repercussão [digo eu] reflete a mentalidade figueirinha. É um exercício triste e ao mesmo tempo divertido, retrato nítido de uma escultura talhada a bisturi.
Para quem lê o que Fernando Campos escreve no blogue ‘ositiodosdesenhos’, não estranha a verve irónica e mordaz com que escalpela a imbecilidade atrevida dos que têm marcado a senha destruidora do seu concelho.
Alterando a designação geográfica, podíamos muito bem aplicar este Discurso a muitíssimos concelhos, distritos e quiçá ao próprio país.
‘as palavras são armas’ e a Fernando Campos não lhe falta a coragem e, como exímio artilheiro, atinge o alvo com notável precisão.
Venham mais tiros!
Sem comentários:
Enviar um comentário