Três ensaios em torno do pensamento político e estético de Álvaro Cunhal
Por José Barata-Moura
«Álvaro Cunhal não foi apenas um destacado militante e dirigente político. Um actor. Na hora incerta das duras lutas tenazes do povo português pelo derrubamento do fascismo. Na exaltante etapa criadora da configuração de Abril. Nos tumultuosos e nos mansos refluxos da cruzada contrarevolucionária que continuamos a defrontar. Com a lucidez estratégica de, na turbulência dos momentos e no desvario das conjunturas, pôr ao caminho a edificação de uma democracia avançada que, introduzindo significativas transformações na estrutura e na orientação da economia, abra a rota aos rumos de uma sociedade socialista.Álvaro Cunhal também foi autor. Produziu também pensamento político. Não do alto das cátedras, em sermão de capela, ou nos remansos meditabundos da cogitação sobrepairante para memória futura. Mas de dentro de um combate, e para os combates. Com espessura no teor, e acuidade na perscrutação. Fornecendo em permanência uma prova manifesta de como, para efectivamente transformar com sentido e sustentação, se torna indispensável compreender os sentidos (e a dinâmica) das realidades, em cujo processo de reconfiguração se está a intervir.»
José Barata-Moura
1 comentário:
Deve ser muito interessante.Vou marcá-lo,quiçá para a Festa.Abraço
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