sexta-feira, 29 de julho de 2022

E de­pois? De­pois, nada.

 

Anabela Fino 

 

Estado da arte

«Pelo menos 14 894 co­lo­natos foram er­guidos em Je­ru­salém Ori­ental e 7136 na Cis­jor­dânia, in­cluindo em lo­ca­li­dades no in­te­rior do ter­ri­tório ocu­pado», re­vela um re­la­tório da União Eu­ro­peia in­ti­tu­lado 2021: Re­la­tório sobre co­lo­natos is­ra­e­litas na Cis­jor­dânia ocu­pada, in­cluindo Je­ru­salém Ori­ental.

E de­pois? De­pois, nada.

«Com­pa­rado ao ano an­te­rior, o pe­ríodo de 2021 re­gistou uma taxa ainda maior de avanços co­lo­niais na Cis­jor­dânia e Je­ru­salém Ori­ental (22 030), ao re­forçar a ten­dência de au­mento na ex­pansão dos co­lo­natos nos ter­ri­tó­rios ocu­pados», re­fere o re­la­tório.

E de­pois? De­pois, nada.

«Para além dos in­di­ca­dores ex­po­nen­ciais de 2021, há o avanço par­ti­cular das uni­dades co­lo­niais em Je­ru­salém Ori­ental, que mais do que du­plicou em re­lação ao ano an­te­rior, pas­sando de 6288 uni­dades re­si­den­ciais para 14 894 novas ins­ta­la­ções.»

E de­pois? De­pois, nada.

A ex­pansão dos co­lo­natos «se­pa­rará os pa­les­ti­ni­anos de Je­ru­salém Ori­ental das prin­ci­pais zonas ur­banas da Cis­jor­dânia, in­cluindo Ra­mallah e He­bron (…) com graves im­pli­ca­ções na con­ti­gui­dade ur­bana dos pa­les­ti­ni­anos, pondo em causa uma so­lução viável de dois es­tados».

E de­pois? De­pois, nada.

Dados da ONU re­velam que, desde 2008, mais de seis mil pa­les­ti­ni­anos foram mortos por Is­rael, contra apenas 274 de is­ra­e­litas ví­timas de ata­ques pa­les­ti­ni­anos, o que traduz a brutal des­pro­porção do con­fronto entre ocu­pantes e ocu­pados.

E de­pois? De­pois, nada.

Ainda se­gundo a ONU, 2021 foi o ano com maior nú­mero de mortes pa­les­ti­ni­anas (380), in­cluindo cri­anças (90), desde 2014. O nú­mero de casas e ou­tros equi­pa­mentos des­truídos foi também o maior desde que há re­gisto (967), o que pro­vocou o maior nú­mero de des­lo­cados desde 2016 (1190, entre os quais 656 cri­anças).

E de­pois? De­pois, nada.

Em Maio, o Su­premo Tri­bunal de Is­rael de­cidiu por una­ni­mi­dade que o exér­cito is­ra­e­lita podia de­sa­lojar os cerca de 1200 pa­les­ti­ni­anos que vivem em oito al­deias nas co­linas do Sul de He­bron, na Cis­jor­dânia, para usar os ter­renos como zona de treino mi­litar.

E de­pois? De­pois, nada.

Em Junho, a se­nhora Von der Leyen foi a Is­rael e à Cis­jor­dânia. Pro­meteu uma es­mola aos ocu­pados – ao que pa­rece uma verba blo­queada desde o ano pas­sado como cas­tigo pela per­sis­tência em re­sistir – e dis­cutiu com os ocu­pantes as ja­zidas de gás no Me­di­ter­râneo Ori­ental.

E de­pois? De­pois, nada.

Em me­ados deste mês, Joe Biden foi a Is­rael à pro­cura de acon­chego e à Arábia Sau­dita à pro­cura de pe­tróleo, e de ca­minho en­goliu o as­sas­si­nato de dois jor­na­listas (Jamal Khashoggi e Shi­reen Abbu Akleh), um es­tado que de­signou de ‘pá­ria’, os di­reitos hu­manos, os novos co­lo­natos is­ra­e­litas e uma mão cheia de re­so­lu­ções da ONU pela paz no Médio Ori­ente.

E de­pois? De­pois, nada

 

«Pelo menos 14 894 co­lo­natos foram er­guidos em Je­ru­salém Ori­ental e 7136 na Cis­jor­dânia, in­cluindo em lo­ca­li­dades no in­te­rior do ter­ri­tório ocu­pado», re­vela um re­la­tório da União Eu­ro­peia in­ti­tu­lado 2021: Re­la­tório sobre co­lo­natos is­ra­e­litas na Cis­jor­dânia ocu­pada, in­cluindo Je­ru­salém Ori­ental.

E de­pois? De­pois, nada.

«Com­pa­rado ao ano an­te­rior, o pe­ríodo de 2021 re­gistou uma taxa ainda maior de avanços co­lo­niais na Cis­jor­dânia e Je­ru­salém Ori­ental (22 030), ao re­forçar a ten­dência de au­mento na ex­pansão dos co­lo­natos nos ter­ri­tó­rios ocu­pados», re­fere o re­la­tório.

E de­pois? De­pois, nada.

«Para além dos in­di­ca­dores ex­po­nen­ciais de 2021, há o avanço par­ti­cular das uni­dades co­lo­niais em Je­ru­salém Ori­ental, que mais do que du­plicou em re­lação ao ano an­te­rior, pas­sando de 6288 uni­dades re­si­den­ciais para 14 894 novas ins­ta­la­ções.»

E de­pois? De­pois, nada.

A ex­pansão dos co­lo­natos «se­pa­rará os pa­les­ti­ni­anos de Je­ru­salém Ori­ental das prin­ci­pais zonas ur­banas da Cis­jor­dânia, in­cluindo Ra­mallah e He­bron (…) com graves im­pli­ca­ções na con­ti­gui­dade ur­bana dos pa­les­ti­ni­anos, pondo em causa uma so­lução viável de dois es­tados».

E de­pois? De­pois, nada.

Dados da ONU re­velam que, desde 2008, mais de seis mil pa­les­ti­ni­anos foram mortos por Is­rael, contra apenas 274 de is­ra­e­litas ví­timas de ata­ques pa­les­ti­ni­anos, o que traduz a brutal des­pro­porção do con­fronto entre ocu­pantes e ocu­pados.

E de­pois? De­pois, nada.

Ainda se­gundo a ONU, 2021 foi o ano com maior nú­mero de mortes pa­les­ti­ni­anas (380), in­cluindo cri­anças (90), desde 2014. O nú­mero de casas e ou­tros equi­pa­mentos des­truídos foi também o maior desde que há re­gisto (967), o que pro­vocou o maior nú­mero de des­lo­cados desde 2016 (1190, entre os quais 656 cri­anças).

E de­pois? De­pois, nada.

Em Maio, o Su­premo Tri­bunal de Is­rael de­cidiu por una­ni­mi­dade que o exér­cito is­ra­e­lita podia de­sa­lojar os cerca de 1200 pa­les­ti­ni­anos que vivem em oito al­deias nas co­linas do Sul de He­bron, na Cis­jor­dânia, para usar os ter­renos como zona de treino mi­litar.

E de­pois? De­pois, nada.

Em Junho, a se­nhora Von der Leyen foi a Is­rael e à Cis­jor­dânia. Pro­meteu uma es­mola aos ocu­pados – ao que pa­rece uma verba blo­queada desde o ano pas­sado como cas­tigo pela per­sis­tência em re­sistir – e dis­cutiu com os ocu­pantes as ja­zidas de gás no Me­di­ter­râneo Ori­ental.

E de­pois? De­pois, nada.

Em me­ados deste mês, Joe Biden foi a Is­rael à pro­cura de acon­chego e à Arábia Sau­dita à pro­cura de pe­tróleo, e de ca­minho en­goliu o as­sas­si­nato de dois jor­na­listas (Jamal Khashoggi e Shi­reen Abbu Akleh), um es­tado que de­signou de ‘pá­ria’, os di­reitos hu­manos, os novos co­lo­natos is­ra­e­litas e uma mão cheia de re­so­lu­ções da ONU pela paz no Médio Ori­ente.

E de­pois? De­pois, nada

 

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