É comum ouvirmos,
encontrarmos em crónicas ou
aprofundados estudos de personalidades de
reconhecida competência em diversas áreas do conhecimento que,
referindo-se ao abismo onde nos
encontramos, afirmarem que os governadores deste protectorado
são IMCOMPETENTES.
Com a humildade própria de quem, com a consciência absoluta de não ser parvo e reconhecer não ser perito em coisa nenhuma,
permito-me discordar absolutamente com os doutores (de verdade)
comentadores assim-assim, politólogos made
in USA, economistas e até bispos bentos pelos céus ou fazedores de opinião pagos para opinar.
Eu afirmo e
confirmo que esses governadores são competentes, são mesmo muito competentes, necessário é saber ao serviço de quem aplicam a sua competência.
Quanto a mim, é por aqui que devemos iniciar os nossos critérios de
apreciação para poder aferir da competência destes robôs colocados em
lugares-chave de cada país pelas grandes organizações monetárias internacionais.
Os governantes da Itália,
Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal são todos
IMCOMPETENTES? O esbulho a que estão sujeitos estes povos está a ser efectuado por gente
competentíssima!
Para identificar os salteadores que nos saqueiam é indispensável localizar o receptador. Encontrados os bens que nos pertenciam, fácil é concluir a quem aproveita o crime e ao serviço de quem se
encontram aqueles que juraram
defender-nos.
Para aferir da competência dos tais incompetentes, bastaria verificar os bens de que dispunham antes da
governança e os que alardeiam ou escondem depois de se
governarem. IMCOMPETENTES, eles?
Voltámos à época em que os mercenários, por meios aparentemente mais violentos, tinham direito a saquear os territórios
conquistados, despojando os povos de todos os seus bens,
deixando-os na indigência absoluta. O grande capital apropria-se
das casas, terras e fábricas cujos proprietários não conseguem
pagar as hipotecas, e os mercenários a seu soldo, esses incompetentes, que dirigem o saque usufruem de
rendimentos chorudos,
gordas contas bancárias aqui e no estrangeiro, e
principesco património constituído por luxuosos apartamentos, mansões, iates e jactos
Se o mal que nos afeta, residisse
na propalada incompetência de uma ou no conjunto de criaturas, bastava proceder à sua substituição e
solucionávamos o problema. Acontece, porém, que doutas personagens, ajoujadas
de canudos, tomam o testemunho da
governança e a “incompetência” alastra e radica-se.
Se nos enquistarmos
nesta falsa apreciação, de que o mal está na incompetência, estamos a encobrir os
verdadeiros fautores da miséria que nos atinge, e que se
encontram algures, frente a computadores
movimentando triliões de euros ou dólares e,
se esta arma não for suficientemente eficaz para aniquilar
os países visados, destroem-no literalmente à bomba.
4 comentários:
Uma maravilha,bem competente.
Cada vez me interessa mais a comuna.
Um abraço,
mário
Quando muitos dos nomes deste governo estavam a ser nomeados eram todos dados como uns super-competentes. Espantei algumas pessoas ao afirmar que isso não era bom.
Incompetentes?!! São de uma competência resistente a toda a prova, dado o fim para que foram destinados.
Um beijo.
Muito bem analisado, mais uma vez!
Cá para mim, INCOMPETENTES e não só, são os milhares de votantes que há 36 anos,não vêm quem defende os seus interesses e confundem a sua classe com aquela que os explora.
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