(desenho do inconfundível
Fernando Campos em ‘o sitio
dos desenhos’)
Nunca se viu uma economia tão
encolhidinha. Cada dia mais encolhida,
só pele e osso. Vejam só o que esta crise vem fazendo
à nossa pobre economia. E quanto mais a economia encolhe mais a crise se avoluma.
E assim se vão sustendo
mutuamente: a economia encolhe, a crise cresce e
diminui a economia, e assim sucessivamente até desaparecer a economia e ficarmos com uma grande crise às costas.
A economia é assim uma coisa que estica e
encolhe, e é no prato de sopa dos pobres que se vê como mingua e na
banca como incha.
A actividade económica e o consumo vêm a cair desde setembro de 1976 quando o
PS/MárioSoares lhes começou a apertar o torniquete, e nunca mais parou de cair com os apertos constantes do
PSPSDCDSPSDPSDCSPSPSDCDPDSPSPCSPSPDCSDSPSPDCSSS. A economia e a
actividade económica caem, encolhem, tropeçam, deslizam e todas estas tropelias acontecem única e simplesmente porque a economia assim o
determina. A economia é um
estica-encolhe com vida própria à margem de qualquer intervenção humana, gerindo-se
ao sabor de ventos e marés. E pontapés...
* *
* * *
Parábola para
os que se
descobrem
mal governados,
mas se afirmam
descrentes
da eficácia do seu protesto
A última gota de água,
Aquela que manifestamente FEZ TRANSBORDAR O COPO,
de pronto anunciou soberba a singularidade
da sua participação,
arrogando-se de ser a principal obreira do derrame.
Mas eis que do mais fundo do recipiente
a primeira gota contesta:
-- Não fora eu e não serias a última,
mas tão-somente
a que te antecede.
António
Esperança
2 comentários:
E o copo está a transbordar.
Um abraço,
mário
O copo está a transbordar e as gotas do fundo já não aguentam a compressão.
Um beijo.
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