A CE, BCE e FMI
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) agem de forma organizada. O patronato tem as suas estruturas
de classe afinadas ao milímetro. E todos estes super organizados se rebelam contra as organizações
dos trabalhadores, acarinhando e dando fôlego à espontaneidade.
Dá que pensar, observar as movimentações, e é um bom incentivo para ler o muito que se tem escrito sobre “o culto da espontaneidade”.
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FORMAS DE LUTA E DE ORGANIZAÇÃO
A natureza pequeno-burguesa das concepções dos teorizadores anticomunistas de fachada socialista, não se
revela apenas na sua “análise” da situação política, da arrumação e correlação das forças de classe, dos objectivos e características
da revolução. Ela
revela-se também na sua concepção do processo revolucionário e nas suas incompreensões
acerca das formas de luta e de organização.
A impaciência, o desespero, a
falta de tenacidade e de capacidade de organização,
a pressa de “queimar etapas” e a ilusão de poder atingir directamente o fim sem um trabalho revolucionário
continuado, perseverante, eventualmente
demorado, leva-os a menosprezar as lutas parciais, as reivindicações imediatas, o aproveitamento das possibilidades legais e semi-legais de acção.
Os seus sentimentos
e ambições de classe a par da incapacidade de acção e de organização políticas e
da desligação das massas populares,
levam-nos a menosprezar o papel e a acção
organizada da classe operária e a
desvalorizar e criticar, de maneira sistemática
e destrutiva, todas as lutas, todas as organizações, tudo quanto afinal
constitui na actualidade a força revolucionária da classe operária, das massas trabalhadoras, da juventude, do movimento democrático.
O seu individualismo
e suficiência de intelectuais
e para intelectuais
pequeno-burgueses, o seu desprezo pelos trabalhadores
“ignorantes”, levam-nos finalmente à conclusão de
que a acção de massas nada
representa e de que a “revolução”
será obra de pequenos grupos de pequeno-burgueses “iluminados”.
Todas essas ideias e conclusões serão abordadas. Fixemos de momento a atenção nas formas de luta e de organização.
O CULTO DA ESPONTANEIDADE:
concepções teóricas e demagogia prática
«Ninguém nega a existência de lutas
espontâneas. Mas só quem queira falsear a realidade pode, nos dias de hoje, falar na espontaneidade do processo.» …
Do sempre actual «O RADICALISMO PEQUENO BURGUÊS DE FACHADA SOCIALISTA» Álvaro
Cunhal, 1971
1 comentário:
Tão válido em 1971 como hoje.
Um beijo.
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