Tempos houve em que os que além do cérebro
utilizassem as mãos para
trabalhar, só
a partir da quinta
geração os seus
descendentes poderiam chegar
ao poder. A classe
opressora ainda hoje
faz cair o anátema
sobre o trabalho
manual, denegrindo-o para
melhor o explorar.
Acontece, porém, que
os cérebros usados como
instrumentos para
menosprezar a mão,
se tornaram eles próprios reféns
da classe opressora sem
que disso se apercebam, e porque não têm consciência de classe,
sonham ser poder ou seu instrumento.
No espectro político português, os dirigentes
constituem uma caldeirada de massa cinzenta que
só utiliza as mãos
para limpar o traseiro, não obstante, arregimenta-se para
conduzir os destinos
das mãos que
desdenham.
Agrupam-se cérebros que, com o apoio dos mídia, formam partidos
político-apolíticos, formula muito em voga, onde abundam os historiadores que
nos contam estórias,
juristas de lábia
fluente, gente
de letras para
nos impingir tretas ou artistas incluindo prestidigitadores. Um circo onde não faltam
leões e camelos,
o palhaço rico
e, para nos alegrar, o pobre
Anhuca.
1 comentário:
Ao ler este post lembrei-me AS MÃOS E O ESPÍRITO de Óscar Lopes que sempre me deixou maravilhada. Um abraço.
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