“Carta
à Directora” de o Público 04-02-2016
Desejos
e profecias contra o PCP
Alguns
politólogos de retórica emplumada vaticinam há décadas o passamento do PCP. Basta
um insucesso, um recuo eleitoral, ou uma frase do secretário-geral menos feliz,
para que se desate a magia verbal incandescente que converte em cinzas a
fortaleza que perdura há quase um século da nossa História. Os ataques vêm
quase sempre da direita, liberal ou extremada, que se esqueceu do nosso meio
século XX de ditadura fascista, mas cuja descendência ficou muito traumatizada
com o 25 de Abril, o PREC e a Constituição da República. E, é claro, a força do
PC, ora demonizada como poder oculto por detrás do novo Governo PS, ora
minimizada e reduzido à insignificância de quase duas centenas de milhares de
votos do candidato Edgar Silva. Confundem-se desejos com realidades, para
apoucar o inimigo. A verdade é bem diferente, o barómetro eleitoral oscila em
todos os quadrantes, CDS, PSD, PS, Bloco de Esquerda e PCP. São permeabilidades
e flutuações dos eleitorados. Os juízos que passam nos media terão de fazer prova na próxima ronda.
José Manuel Jara,
Lisboa
2 comentários:
Também li
talvez a única leitura do "Público"
que tivesse valido a pena
É um "déjà-vu",muito batido!Já estamos habituados!Abraço
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