terça-feira, 6 de setembro de 2016

O Império agradece



(Álvaro Cunhal, O radicalismo pequeno burguês de fachada socialista – 2ª edição – Edições «Avante” 1972. 1º parágrafo da ‘introdução’.

Os analistas que não faltam aos funerais das vítimas que ajudam a abater, continuam a disparar sobre o defunto, não vá ressuscitar obrigando-os a mudar de discurso.

O extrato seguinte é o final-conclusão de um artigo de Daniel Correa da Silva claramente conotado ideologicamente, não tendo coragem para assumir uma clara posição, implicitamente dá força ao agressor, mantendo-se no confortável limbo revolucionário: “Nós, que temos o compromisso com um mundo mais justo e igualitário, não podemos mais nos dar o direito de alimentarmos ilusões e otimismos ingênuos.” Alimentando o retrocesso e os golpes de extrema-direita em toda a América do Sul, estes revolucionários de pacotilha cumprem o seu papel histórico. Os exemplos são tantos e tão evidentes para ilustrar este tipo de discurso e os seus objetivos, que só os sustenta quem com a direita se compromete.

«Dilma e o PT saem do governo, portanto, não por suas virtudes na execução das "políticas de inclusão social"; mas pelo esgotamento de sua capacidade de condução do projeto burguês do país.

Em sua ordem natural, o Partido dos Trabalhadores bradará o golpe aos quatro ventos e se colocará no papel de vítima. Seus líderes articularão a possibilidade de uma volta triunfal em 2018, na messiânica figura de Lula. Nós, que temos o compromisso com um mundo mais justo e igualitário, não podemos mais nos dar o direito de alimentarmos ilusões e otimismos ingênuos.

Enfim, não há tempo para viver o luto. Ainda que o mundo pareça ter desabado sobre muitos de nós hoje, acreditemos ou não, o sol nascerá amanhã e temos urgência em construir o novo. Diante do nítido esgotamento do sistema político brasileiro e sua incapacidade de se reinventar para apresentar alternativas viáveis às maiorias, a Revolução Brasileira torna a se apresentar não só como possibilidade, mas como necessidade premente. Ousemos: há vida na esquerda após o petismo.»
Daniel Correa da Silva

«o sol nascerá amanhã e temos urgência em construir o novo.» O povo chileno que o diga!
 

1 comentário:

Olinda disse...

O confucionismo político serve muito bem o sistema. É claro qie este agradece.Abraço