(Álvaro Cunhal, O radicalismo pequeno burguês de
fachada socialista – 2ª edição – Edições «Avante” 1972. 1º parágrafo da ‘introdução’.
Os analistas que não faltam aos funerais das vítimas
que ajudam a abater, continuam a disparar sobre o defunto, não vá ressuscitar
obrigando-os a mudar de discurso.
O extrato seguinte é o final-conclusão de um artigo
de Daniel Correa da Silva claramente
conotado ideologicamente, não tendo coragem para assumir uma clara posição, implicitamente
dá força ao agressor, mantendo-se no confortável limbo revolucionário: “Nós, que temos o compromisso com um mundo
mais justo e igualitário, não podemos mais nos dar o direito de alimentarmos
ilusões e otimismos ingênuos.” Alimentando o retrocesso e os golpes de
extrema-direita em toda a América do Sul, estes revolucionários de pacotilha
cumprem o seu papel histórico. Os exemplos são tantos e tão evidentes para
ilustrar este tipo de discurso e os seus objetivos, que só os sustenta quem com
a direita se compromete.
«Dilma e o PT saem do governo, portanto, não por suas virtudes na execução das "políticas de inclusão social"; mas pelo esgotamento de sua capacidade de condução do projeto burguês do país.
Em sua ordem natural, o Partido dos Trabalhadores bradará o golpe aos quatro ventos e se colocará no papel de vítima. Seus líderes articularão a possibilidade de uma volta triunfal em 2018, na messiânica figura de Lula. Nós, que temos o compromisso com um mundo mais justo e igualitário, não podemos mais nos dar o direito de alimentarmos ilusões e otimismos ingênuos.
Enfim, não há tempo para viver o luto. Ainda que o mundo pareça ter desabado sobre muitos de nós hoje, acreditemos ou não, o sol nascerá amanhã e temos urgência em construir o novo. Diante do nítido esgotamento do sistema político brasileiro e sua incapacidade de se reinventar para apresentar alternativas viáveis às maiorias, a Revolução Brasileira torna a se apresentar não só como possibilidade, mas como necessidade premente. Ousemos: há vida na esquerda após o petismo.» Daniel Correa da Silva
«o sol nascerá amanhã e temos urgência em construir o
novo.» O povo chileno que o diga!
1 comentário:
O confucionismo político serve muito bem o sistema. É claro qie este agradece.Abraço
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