«Em
primeiro lugar, há que ter consciência que a presença portuguesa na Bósnia, tal
como se afirmou, e a capacidade de termos uma presença em cenários semelhantes…»
Pág.20 António Guterres
Deixemos
assentar a poeira do nacionalismo (não escrevi patriotismo) e olhemos para a história que se
encontra ainda ali ao virar da esquina. Em 1999
a República da Jugoslávia é desmantelada pela NATO/EUA à revelia da ONU. (aqui)
Portugal
colabora na criminosa intervenção, à revelia da ONU, repita-se. Era Presidente
da República Jorge Sampaio (Comandante Supremo das Forças Armadas), António
Guterres, Primeiro-Ministro e António Vitorino, Ministro da Defesa. Todos com o
ferrete Bilderberg.
Qual
será a postura de Guterres se a NATO/EUA continuar a perpetrar os seus habituais crimes
ignorando a ONU?
Por
ironia (qual ironia!) da história o bilderberg Barroso, rececionista de três
criminosos de guerra que deram início à destruição do Iraque é promovido a patrão
da UE, o que também abarrotou de orgulho os fascistoides de serviço.
«Espera-se
de António Guterres que, na sua intervenção, predomine uma postura que possa
desmentir opções e decisões que, enquanto primeiro-ministro de Portugal,
assumiu, de envolvimento de tropas portuguesas na coligação que interveio
militarmente na República da Jugoslávia, sob a hegemonia da NATO e
dos EUA, e à revelia do Conselho de Segurança da ONU.»
Iniciada
em janeiro de 1996, foi a primeira grande operação militar fora do território
nacional desde o fim da guerra colonial. DN
(1) É muitas vezes esquecido que nos primeiros 6 meses de missão na Bósnia
as forças portuguesas sofreram 11 feridos, vitimas não só de acidentes como de
explosões de minas.(2) No primeiro ano de missão, 4 mortos, 2 em cada semestre.
(3) Na Bósnia porque 2 oficiais permaneceram em Itália para tratar de assuntos relativos ao apoio a prestar por este país ao nosso contingente.
(4) O desconhecimento das condições em que se participava na missão era enorme. Basta dizer que a legislação básica sobre esta matéria só foi publicada em Dezembro de 1996 e em Fevereiro de 1997, ou seja um ano depois! Até lá vigoraram directivas e despachos do Chefe do Estado-Maior do Exército.
(5) Na altura foi muito criticada esta escolha. Nenhuma das unidades do Exército (9 batalhões) que por lá passaram até Fevereiro de 2000, quando a força portuguesa mudou para o Visoko, mudou de instalações!
(6) Nos primeiros tempos de Bósnia acompanharam esta missão, 20 jornalistas e técnicos, portugueses, numa base diária, semanas seguidas. Nos primeiros 6 meses de missão, a força somou a visita de 180 elementos dos Órgãos de Comunicação Social.»
1995 - Um Batalhão da BAI é atribuído para participar na operação JOINT ENDEAVOUR da NATO, na Bósnia.
1996 - (Janeiro, 5) - O 2ºBIAT da BAI e um Destacamento de Apoio de Serviços (DAS) embarcam para a Bósnia onde vão integrar a Brigada Multinacional Sarajevo Norte (BMNSN) de comando italiano, no sector da Divisão Multinacional Sudeste (DMNSE) de comando francês na IFOR.
Agosto, 9 - O 3ºBIAT da BAI substitui o 2ºBIAT na Bósnia.
Novembro, 6 - É criada a Força Multinacional Europeia EUROFOR, na cerimónia de activação do Comando da Força, em Florença - Itália, participam dois pelotões da BAI.
1997 - (Fevereiro) - Já após o final da missão da IFOR (Dez96) e a sua substituição pela SFOR, o 3º BIAT regressa a Portugal e é substituído por um batalhão reduzido, da Brigada Mecanizada Independente (BMI).
Fevereiro, 14 - O Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, condecora o Estandarte Nacional da BAI com a Medalha de Ouro dos Serviços Distintos.
«A intervenção militar na Iugoslávia em 1999
foi a operação militar da OTAN contra a República Federal da Iugoslávia
durante a Guerra do Kosovo. De acordo com a OTAN, a operação
buscava deter os abusos de direitos humanos no Kosovo, e foi a
primeira vez que a organização usou a força militar sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações
Unidas. Os ataques aéreos duraram de 24 de março de 1999 a 10 de junho de
1999.»
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