Sacrificou-se
tanto, foi apanhado várias vezes e espancado, para si a prescrição não tinha
lugar, mas havia os filhos a sustentar. Hoje, já sem forças, arrasta-se pelas
poucas velhas tascas que ainda existem, vai ouvindo o que se passa e fica
abismado com a evolução, mas sobretudo a diversidade e dimensão da “arte do
gamanço”.
Numa
só jogada Sócrates, Mexia e os restantes capangas conseguem agatanhar o
equivalente a milhões de galinhas, coisa para si impossível por lhe faltar
capoeira, correspondente aos galinheiros-offshore de que estes escroques se
servem.
O
pobre pilha-galinhas observa a velocidade no evoluir das profissões e da
linguagem que as define, ouve falar em fraude, calcula que seja coisa
relacionada com o seu trabalho, mas não sabe bem o que seja, a ele sempre lhe
chamaram ladrão, nunca o incriminaram por desviar galinhas, o que acharia ridículo.
A
linguagem para os mexias da nossa praça é cuidada: são os pressupostos delitos,
os processo em que é arguido, eventuais crimes de corrupção e participação
económica em negócio, e sobretudo os media têm receio de perder o muito
dinheiro que recebem em anúncios dos mexias que nos roubam a toda a hora e
desde há muito.
2 comentários:
Ou os pilha-mais-valias dos trabalhadores e do Povo Português?
Neste país os poderosos podem roubar à vontade que a "gota de água que faz transbordar o copo",e o povo peça contas, será sempre manipulável.Abraço
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