Enquanto
preparava o pequeno-almoço ao senhor doutor a Ermelinda tomava conhecimento
pela televisão que o patrão era acusado de ter roubado milhões de euros. Ela estranhava
que no seu trabalho diário o dinheiro transvasasse por tudo quanto era sítio,
mas nunca tocou em nada, o seu a seu dono, a Ermelinda era honesta. Entretanto lembrou-se
da avó que na sua ancestral sabedoria, não se cansava de afirmar que «Para vilão,
vilão e meio» e «Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão». Pensou
no que dizia a avó, na gaveta onde o senhor doutor tinha maços de notas, tirou
um para ela outro para a avozinha, deixou a mesa posta e saiu sorrateira.
No
dia seguinte foi presa e nunca mais acreditou em provérbios.
1 comentário:
Verdade?Ou simples estória demonstrativa da impunidade dos de cima?Abraço
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