Andrés Figueroa
Cornejo / Resumo da América Latina / 21 de outubro de 2019
Destruído o medo à liberdade, desmoronam-se
os deuses do poder e seus fetiches auxiliares. Uma juventude com tantos motivos
quanto estrelas disparando luz, que enche as ruas de todo o Chile. Já não é só
Santiago, nem o bilhete de Metro, nem apenas estudantes. Ao longo do país, entre
o mar e as cordilheiras, também se juntaram os trabalhadores portuários e os mineiros
da La Escondida. Foi
convocada a greve nacional para 22 de outubro pelos trabalhadores da saúde
pública, uma área completamente destroçada pela falta de orçamento e
tragicamente famosa pelos milhares de pacientes que morreram esperando a sua
vez de atendimento.
Não é possível dar conta de todos os
momentos de resistência e luta que encheram e ainda acontecem durante o dia 21
de outubro. Histórico, é os números de detidos (somente no dia 21, números
oficiais, foram detidas mais de 1905 pessoas), feridos, torturados pela polícia
e familiares que procuram manifestantes desaparecidos e assassinados.
(de acordo com o Instituto Nacional de Direitos Humanos, faleceram pelo
menos 13 pessoas, outras 44 encontram-se gravemente feridas. O Ministério do
Interior confirma que 1.905 cidadãos foram detidos em todo o país)
Sebastián Piñera e a equipe central que
administra o Estado oligarca, policial e militarizado do Chile, já estão
atrapalhando até as classes dominantes. O mercado de ações caiu 4% e a qualquer
momento pode entrar na bancarrota. A verdade é que a imagem do país está por
terra, entregue ao despenhadeiro da força de gravidade e descrédito pela
inversão capitalista.
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1 comentário:
O que está a suceder no Chile,Argentina e em quase toda a América Latina é o reflexo do insucesso do neoliberalismo.A tradição de luta dos seus povos está de novo acesa.Não desconhecendo a ingerência e o apoio do império o povo latinoamericano vencerá.Abraço
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