Estamos
entre o esgar e o arroto: o riso alvar, a sensibilidade grosseira e a imbecilidade
etílica. Entreter o povão com os milhões das transferências de treinadores e
bonecos de corda, é urgente, o desemprego sobe há que baixar o nível cultural, temas
simples de modo a prender os desempregados frente aos esgotos televisivos, não
venham eles para a rua exigir uma atenção pelo menos igual à que é dada ao
sector bancário.
Os
universitários, futuros dirigentes, alegram as suas festas com a boçalidade
própria da classe, o burguesada balofa rebola-se com gargalhadas de plástico, guinchos
de matraquilhos.
Há
programas especiais para dar cobertura à chegada de um ai-jesus do futebol.
Compreende-se, não é?
A
consulta de um meu amigo foi adiada quatro vezes, acabou por dar entrada nas
urgências, e já não saiu do hospital Garcia da Horta pelo seu pé.
É
a vida, como diria Guterres.
1 comentário:
Indigna tanta indignidade!O homem formatado é o objectivo do poder e a crise do capitalismo ataca em várias vertentes,nomeadamente a cultura,geradora de conhecimento.Digo convicta,que os programas de TV,durante o fascismo,eram superiores aos presentemente apresentados.Abraço
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