terça-feira, 9 de março de 2021

Poderemos “sobreviver” sem Internet ?

 

 

Poderemos “sobreviver” sem Internet ?

Por Marques Pinto (vogal direção da ACR)

 

Todos nós que hoje lemos ou vemos e ouvimos noticiários nos mais diversos meios de comunicação ficámos a saber que há cerca de dois meses houve um “ataque informático” de grande dimensão nos Estados Unidos da América.

Evidentemente que o atacante ou atacantes devem saber todos os pormenores e extensão da intrusão, mas os atacados segundo eles próprios afirmam, parece que ainda passado todo este tempo não terão uma ideia exacta do volume e numero de organismos estatais, empresas e organizações bancarias que terão sido “penetradas” e quantos ou quais os elementos ou dados “copiados” .

Segundo alguma imprensa e até informação prestada pelo governo e presidência da republica Americana, parece que foram retirados os dados de algumas centena de milhares ou mesmo milhões de funcionários de todo o tipo de agencias governamentais das mais sigilosas e militares.

Por cá felizmente o nosso sistema informático parece não merecer a atenção ou ter sido á prova desses maléficos atacantes, ou pelo menos os nossos segredos não serão tão interessantes que mereçam tal tipo de curiosidade.

Aliás veja-se a dificuldade que até o nosso próprio governo com toda a sua capacidade informática e competência, sempre teve em saber para “onde vai e como vai” o dinheirinho das actividades ilícitas e dos pagamentos da alta corrupção, para não referir os movimentos de dinheiro de dividendos das nossas grandes empresas pagos em contas desconhecidas.

Mas na realidade, ao normal e comum cidadão que vive do seu salário ou pensão, além da curiosidade, não são aqueles os problemas que mais os preocupa.

Contudo estamos já a viver e cada vez mais acelerada a época da digitalização de todo o tipo de dados e informação “cruzada” entre os diversos departamentos estatais e mesmo com a banca e serviços não governamentais.

Tivemos ao longo deste fatídico ano de 2020 a demonstração desse cruzamento de informação que permitiu ao Governo e principalmente ao Ministério da Saúde ter êxito em muitas das medidas que foi tomando.

Mas retomando o tema deste artigo queria deixar ao vosso livre pensamento e conjectura algumas questões e dúvidas para as quais não tenho fácil resposta nem consigo obter informação segura em conversa com vários amigos.

Em caso de falha informática de grande dimensão - cerca de dois ou três dias - como poderei pagar as minhas compras urgentes? Como poderei levantar uma importância que me permita sobreviver?

E se a falha atingir organismos essenciais como serviços de saúde, transportes, redes de distribuição electrica ou de gás?

Já não me refiro ás muitas “vitimas” do apagão - em que me incluo - que ficarão sem acesso aos seus contactos e conversas por computador e telefone pois estas “modernices”, sem rede informática... desaparecem.

Meus caros, uma medida preventiva já tomei e passei a ter em casa 200 “euritos” para pelo menos nas pequenas lojas - pois as grandes superfícies terão todas de fechar - me poder abastecer dos bens essenciais á sobrevivência da minha reduzida família...

 

 

1 comentário:

A.R.A disse...

Eu até vou mais além de tão pertinente opinião pois a realidade é que o mundo cibernético já cria moeda e substitui os media pelo que se já tínhamos a destrinça entre economia real e economia financeira agora tudo tende a tornar-se virtual ... bem, tudo não pois a fome e a miséria da condição humana seram sempre muito reais perante um mundo que acredita que a evolução é o virtual e as pessoas são acessórios ...
Ainda haverá alguém entendido em bytes e hardwares afins como é que se pesca, cava ou poda virtualmente. Ou será que o que comem também é virtual?