«Seriam necessários 84 anos para que o PIB real por habitante de Portugal fosse igual, em euros, ao da U.E»
Eugénio Rosa
O PS E O PSD SACRIFICAM O CRESCIMENTO ECONÓMICO E A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS PORTUGUESES À REDUÇÃO IGNIFICATIVA DA DIVIDA PUBLICA NUM CURTO PERÍODO DE TEMPO:
Seriam
necessários 84 anos para que o PIB real por
habitante de Portugal fosse
igual, em euros, ao
da U.E. Um
dos objetivos mais importantes nos programas
eleitorais do PS e do PSD, ignorado no debate público pelos jornalistas e também pelos
outros partidos, é o
da redução significativa da divida pública num
curto período,
e seus efeitos quer no crescimento económico quer na melhoria das condições de
vida dos portugueses.
E isto porque se aquele
objetivo,
for absolutizado como aconteceu no período da “troika”, e nos programas
destes dois
partidos parece ser, os seus efeitos na economia e sociais serão importantes. Em
percentagem do PIB, o PS pretende reduzir a divida pública
para 116% até 2024, e para 110% até 2026
(pág.
9 do programa),
ou seja, cerca de 20 pontos percentuais em apenas 5 anos.
E o PSD tenciona
baixar a divida pública para
80% até 2030,
ou seja, cerca de 50 pontos percentuais em apenas
9 anos (pág.
49 do programa).
Em novembro
de 2021 (últimos dados disponíveis), segundo o Banco de Portugal, a divida publica, na
ótica de Maastricht, era de
269.772
milhões €. 20 pontos percentuais
correspondem a 41.281 milhões €, e 50
pontos percentuais são 103.202 milhões
€ da divida pública atual.
A redução da
divida pública (DP) em
percentagem do PIB pode ser obtida de duas formas ou resultar da
combinação das duas, a saber: aumento do PIB, que
é o denominador do rácio de DP/PIB, ou através da amortização da divida, o que é só possível
congelando a despesa, em termos reais, das administrações públicas ou
mesmo fazendo cortes nela.
A
EVOLUÇÃO DO DÉFICE ORÇAMENTAL, DA DIVIDA PÚBLICA E DO CRESCIMENTO
ECONÓMICO DE 2010-2020
Para se poder
prever com a
proximidade
possível o
que vai acontecer com um governo PS ou PSD com aqueles programas eleitorais é
útil lembrar,
embora sinteticamente, o que se verificou nos últimos 10 anos.
No quadro 1, estão dados do Eurostat que permitem uma reflexão mais fundamentada sobre esse período.
VER (AQUI)
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