segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Atentado à saúde de todos nós

 
Sobre o estudo

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Neste estudo com o título “UM MINISTRO DA SAÚDE PALAVROSO QUE ILUDE OS PROBLEMAS, MAS QUE NÃO RESOLVE NADA, UM DIRETOR EXECUTIVO DO SNS QUE FOI NOMEADO, MAS QUE NÃO APARECE, UM ORÇAMENTO DO SNS PARA 2023 QUE ILUDE E É INSUFICIENTE, E O SNS CONTINUA A DEGRADAR-SE E OS PORTUGUESES A SOFREREM DEVIDO À PASSIVIDADE E INCAPACIDADE DO GOVERNO PARA TOMAR AS MEDIDAS QUE ELE PRECISA” analiso o orçamento do SNS para 2023 e mostro, utilizando apenas dados oficiais divulgados pelo próprio governo, que ele não teve um aumento  importante quando comparado com o efetivamente gasto em 2022, contrariamente ao propagandeado pelo governo e pela generalidade da comunicação social, o que enganou a opinião pública. A nível de DESPESAS CORRENTES, que garantem o funcionamento normal do SNS, a subida foi apenas de 3,8%, e nas DESPESAS COM PESSOAL de 2,9%, percentagens muito inferiores á inflação prevista para o nosso país em 2023, pela OCDE, que é de 6,6%. O aumento de 2,9% nas Despesas com pessoal em 2023 impedirá de valorizar adequadamente as remunerações dos profissionais de saúde, que continuam a perder poder de compra, e de aprovar uma carreira profissional digna, o que contribuirá para agravar ainda as dificuldades do SNS, lesando a população. Para poder funcionar, o SNS tem-se endividado enormemente aos fornecedores privados, devido ao subfinanciamento crónico. Entre dez.2021 e out.2022, a diíida do SNS aos fornecedores aumentou de 1548 milhões € para 2350 milhões €, ou seja, em 800,7 milhões € (+51,7%), o que contribuiu para o estrangular e aumentar as suas dificuldades. E o orçamento do SNS para 2023, aprovado pelo governo, não contribui para resolver este grave problema que põe em risco o SNS; pelo contrário, vai agravá-lo como mostramos neste estudo.    

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Eugénio Rosa
Economista

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