Oh santa violência de que me não livro! Perdão, mil vezes perdão pela cólera que me assiste nas
abstenções que tudo esmagam.
Perdoa-me Senhor! Prometo compreender o PDS/CDS como me compreendo
a mim mesmo. Estou Seguro que conseguirei
moderar a minha oposição levando-a a
que se manifeste cada vez mais como sendo uma conivência militante. Nós somos o maior partido da oposição, e disso nos
apercebemos através dos meios de intoxicação social, são eles que nos colocam
nessa incomoda posição. Nós procuramos ser uma oposição civilizada,
europeia, troikiana, fmiana e bceana, moderna, em suma, e A BEM DA NAÇÃO.
Mas Satanás persegue-me
metamorfoseado de PCP, bem me esforço em esconjurar por exorcismos vários, esse demónio que me surge em todas as esquinas da alma.
Perdoa-me nosso Senhor dos Passos Portas. Amém!
Guia para candidatos aos infernos
Candidatos coléricos
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Nós, os coléricos, temos a nossa própria honra.
Sempre levámos a sério as ameaças dos livros sagrados.
Sempre acreditámos que a cólera decidiria deste nosso lugar.
Escolhemos, apesar disso, a grande recusa, dispostos a tudo.
Ou foi ela a escolher-nos, dá no mesmo.
Mostrámos aos doutores de todas as igrejas que desprezávamos as suas ameaças.
Mostrámos aos donos do mundo o teor da nossa justa fúria.
Mostrámos aos timoratos que o medo é curável.
Mostrámos ao nosso medo que não o tememos.
Nenhum de nós aqui tem medo. Medo de quê?
Dos homens de cornos e olhos de mocho?
Dos grandes lagartos de línguas longas?
Dos que têm enguias e cobras na boca?
Dos que têm lábios de patas de polvo?
Do dragões que vomitam fogo?
Dos venenos? Dos monstros?
A nossa cólera foi a nossa força.
Sempre levámos a sério as ameaças dos livros sagrados.
Sempre acreditámos que a cólera decidiria deste nosso lugar.
Escolhemos, apesar disso, a grande recusa, dispostos a tudo.
Ou foi ela a escolher-nos, dá no mesmo.
Mostrámos aos doutores de todas as igrejas que desprezávamos as suas ameaças.
Mostrámos aos donos do mundo o teor da nossa justa fúria.
Mostrámos aos timoratos que o medo é curável.
Mostrámos ao nosso medo que não o tememos.
Nenhum de nós aqui tem medo. Medo de quê?
Dos homens de cornos e olhos de mocho?
Dos grandes lagartos de línguas longas?
Dos que têm enguias e cobras na boca?
Dos que têm lábios de patas de polvo?
Do dragões que vomitam fogo?
Dos venenos? Dos monstros?
A nossa cólera foi a nossa força.
Almeida Faria
2 comentários:
Depois de confessado que o levem antes que peque.
Um abraço,
mário
Não acompanharei o desfile, por não me ser possível, mas com ele estará toda a minha certeza de que, destes movimentos, há-de resultar um NOVO MUNDO.
Um beijo.
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