Reparem bem neles, não os esqueçam, aparentam normalidade, confundem-se com qualquer um de nós, mas são sádicos e perversos, apertam o garrote e elogiam a "extrema paciência" da vitima.
Não os esqueçam e ajam em conformidade.
QUANDO OS TRABALHADORES PERDEREM A PACIÊNCIA
As
pessoas
comerão três
vezes ao
dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas
pessoas
perderão seus
cargos e
empregosE passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência
A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juízes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências
Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obsolescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
“declaro vaga a presidência”!
Mauro Iasi é Professor da UFRJ
1 comentário:
A minha já se foi há muito.
Um abraço,
mário
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