Agora que os
radicais pequeno-burgueses de cueiros molhados e em acessos de birra levantam o
punho, seria útil que lessem, caso tivessem condições para assimilar, um clássico
que lhes serviria como pó-de-talco nas virilhas do bestunto.
«No papel é fácil escrever e ao
microfone é fácil gritar: “chegou a hora do assalto final!” Para
o assalto final, não basta escrever ou gritar. É preciso, além de condições
objetivas, que exista uma força material, a força organizada, para se lançar ao
assalto, ou seja, um exército político ligado às massas e as massas
radicalizadas, dispostas e preparadas para a luta pelo poder, para a
insurreição (…) Os radicais pequeno-burgueses são incapazes de compreender que
os objetivos fundamentais da revolução não se alcançam reclamando-os, mas
conquistando-os.»
Avaro Cunhal, «O Radicalismo
Pequeno-Burguês de Fachada Socialista»
Primeiro
parágrafo da INTRODUÇÃO ao Radicalismo Pequeno Burguês…, (1971) de Álvaro
Cunhal:
«Com
o desenvolvimento do capitalismo, a pequena burguesia toma cada vez mais clara
consciência de que é uma classe sem futuro. O rolo compressor da centralização
e da concentração capitalista e o incessante alargamento do poder dos
monopólios vai desagregando, liquidando e proletarizando vastas camadas e
setores da pequena burguesia. O facto de que representantes seus, se pronunciam
por transformações radicais da sociedade, mesmo pela liquidação do capitalismo
e pelo socialismo, é um índice dessa tomada de consciência e de radicalização
política dela recorrente.»
1 comentário:
A pequeno-burguesia,perante o medo da proletarização,sempre foi aliada da classe dominante.Abraço
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