quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Os valentões


Agora que os radicais pequeno-burgueses de cueiros molhados e em acessos de birra levantam o punho, seria útil que lessem, caso tivessem condições para assimilar, um clássico que lhes serviria como pó-de-talco nas virilhas do bestunto.
 
«No papel é fácil escrever e ao microfone é fácil gritar: “chegou a hora do assalto final!” Para o assalto final, não basta escrever ou gritar. É preciso, além de condições objetivas, que exista uma força material, a força organizada, para se lançar ao assalto, ou seja, um exército político ligado às massas e as massas radicalizadas, dispostas e preparadas para a luta pelo poder, para a insurreição (…) Os radicais pequeno-burgueses são incapazes de compreender que os objetivos fundamentais da revolução não se alcançam reclamando-os, mas conquistando-os.»
Avaro Cunhal, «O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista»
 

Primeiro parágrafo da INTRODUÇÃO ao Radicalismo Pequeno Burguês…, (1971) de Álvaro Cunhal:
«Com o desenvolvimento do capitalismo, a pequena burguesia toma cada vez mais clara consciência de que é uma classe sem futuro. O rolo compressor da centralização e da concentração capitalista e o incessante alargamento do poder dos monopólios vai desagregando, liquidando e proletarizando vastas camadas e setores da pequena burguesia. O facto de que representantes seus, se pronunciam por transformações radicais da sociedade, mesmo pela liquidação do capitalismo e pelo socialismo, é um índice dessa tomada de consciência e de radicalização política dela recorrente.»

1 comentário:

Olinda disse...

A pequeno-burguesia,perante o medo da proletarização,sempre foi aliada da classe dominante.Abraço